Ao longo de dois dias, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve recebeu dois eventos relacionados com as Estratégias de Investigação e Inovação para uma Especialização Inteligente (Research and Innovation Strategies for Smart Specialisation – RIS3), que reuniu promotores e especialistas de organismos europeus e de diversos países para relançar as estratégias nacionais de inovação no contexto de preparação para o pós-2020.
No primeiro dia, realizou-se o Workshop de Peer Learning “RIS3 in Portugal” que visou fomentar a aprendizagem entre pares, com participantes da Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C), da Agência Nacional de Inovação (ANI), da academia, das cinco comissões de coordenação e desenvolvimento regional do Continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
No segundo dia, que contou com participação da secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Maria do Céu Albuquerque, e do Presidente da CCDR Algarve, Francisco Serra, na sessão de abertura, integraram os trabalhos os representantes da Comissão Europeia, nomeadamente Mark Boden, Chefe de Equipa do Centro de Investigação Conjunto, Marek Przeor, do Centro de Competências de Crescimento Inteligente, e Carole Mancel-Blanchard, Chefe da Unidade para Portugal e Espanha, ambos da DG REGIO.
Na ocasião, a secretária de Estado desafiou representantes das estratégias nacionais e regionais de especialização inteligente a avaliarem sistematicamente o trabalho desenvolvido e a continuarem o seu processo de proximidade com os cidadãos, as instituições universitárias e o tecido empresarial.
Na sua intervenção, Francisco Serra, fez um balanço positivo da implementação da RIS3 no Algarve, sublinhando que “as Estratégias de Especialização inteligente, no contexto da Europa 2020, colocaram às regiões desafios relevantes, em particular a Regiões como o Algarve, a mais especializada região Portuguesa, com uma única universidade com alguns centros de investigação classificados com excelente”.
“O foco e a preocupação com a inovação, não foi uma novidade para a região já tinha o seu plano de inovação” acrescentou o presidente da CCDR Algarve, referindo que “o quadro conceptual europeu das RIS3 ajudou a focar as escolhas e a implementar processos sistémicos numa perspetiva de hélice quadrupla”.
“Projetos como a Culatra 2030 (ilha energicamente sustentável), o observatório do turismo sustentável, ou a Região Inteligente Algarve são desafios ganhos e que demonstram o mérito do processo” acrescenta Francisco Serra, referindo ainda que “o modelo de governança, permitiu repensar o futuro, agora mais focado no contributo para a resposta a desafios societais (economia 4.0, economia circular, dieta mediterrânica ou as alterações climáticas), são caminhos que se devem cruzar com os domínios atuais e que julgamos essenciais para concretizar valor e talento”.
A RIS3 Algarve, alicerçada na estratégia da Região, concretizou e tem em cursos várias áreas de intervenção incontornáveis: da incubação de base tecnológica ao polo tecnológico, do Digital Innovation Hub ao Reference Site do Envelhecimento Ativo, passando pela afirmação da presença em redes de infraestruturas europeias, envolvendo a universidade, associações e empresas, dando passos firme em relação ao futuro.
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