A deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa questionou esta semana a Ministra da Saúde sobre a falta de convenção entre o Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, e o SNS, e também sobre um caso de recusa de atendimento a uma criança no Centro de Saúde de Miranda do Corvo.
Quanto ao Hospital Compaixão, a deputada do CDS-PP questiona se a ministra está a par do investimento realizado pela Fundação ADFP na construção e equipagem da unidade, quais os motivos pelos quais não foi ainda celebrada uma convenção com o SNS e para quando está prevista a sua concretização.
Em relação ao caso de que, no dia 26 de novembro, o Centro de Saúde de Miranda do Corvo recusou atender uma criança de 11 anos que tinha dado entrada com 39 graus de febre, a deputada quer saber se esta recusa se deve ao facto de essa criança não estar inscrita nesse Centro de Saúde e ter médico de família atribuído em Coimbra e se é prática deste Centro de Saúde negar atendimento a quem não está lá inscrito.
Perguntando depois que justificação apresenta a ministra para estes factos, Ana Rita Bessa quer saber se a titular da pasta entende, ou não, que os Cuidados de Saúde Primários são – ou deveriam ser – a porta de entrada do Serviço Nacional de Saúde, por que motivo não foi esta criança atendida no Centro de Saúde de Miranda do Corvo e, depois de lhe serem prestados os cuidados necessários, seria então encaminhada para o seu médico de família em Coimbra, e se não entende a ministra que, independentemente de onde está o médico de família do utente, é sempre preferível que o atendimento seja feito primeiro no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários, para evitar as tão indesejáveis idas desnecessárias às urgências hospitalares.
O Governo alega defender o mesmo e congratula-se pela suposta reforma dos CSP que tem vindo a fazer, reforma essa que o CDS-PP tem vindo a denunciar estar parada. Lembra, a título de exemplo, da promessa do Governo que ficou por cumprir na anterior Legislatura, de atribuir um médico de família a cada cidadão.
O CDS-PP diz entender que não é admissível que o SNS negue atendimento seja a quem for.
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