Defesa anuncia que vai recorrer da decisão, que aponta para que a arguida continue em prisão preventiva até à leitura do acórdão, a 10 de Janeiro.
O Tribunal de Loures rejeitou um pedido de libertação de Rosa Grilo por parte da sua defesa, disse esta quarta-feira à Lusa fonte judicial. A arguida vai por isso continuar a aguardar em prisão preventiva pela decisão do julgamento em que é acusada do homicídio do marido e triatleta Luís Grilo.
De acordo com a SIC Notícias, a defesa de Rosa Grilo vai recorrer da decisão.
A requisição foi feita na sexta-feira, dia em que foi libertado, com termo de identidade e residência, António Joaquim, acusado da morte do triatleta em coautoria com Rosa Grilo. Esteve 15 meses em prisão preventiva.
O Ministério Público admitiu em julgamento que a prova pericial e testemunhal contra António Joaquim "é zero", sustentando, no entanto, que foi o arguido quem efetuou o único disparo que matou Luís Grilo, quando este se encontrava na sua casa nas Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, na madrugada de 16 de julho de 2018, baseando-se apenas nas declarações da arguida Rosa Grilo.
A leitura do acórdão está agendada para 10 de janeiro. A acusação do Ministério Público atribui a António Joaquim a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal.
O crime, que ocorreu em 15 de julho de 2018, terá sido cometido para poderem assumir a relação amorosa e beneficiarem dos bens da vítima - 500.000 euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação.
O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, a cerca de 160 quilómetros da sua casa, na zona de Benavila, concelho de Avis, distrito de Portalegre.
Lusa
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