terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Nasceu uma Aliança que quer “fazer frente” ao cancro do pulmão

Resultado de imagem para Nasceu uma Aliança que quer “fazer frente” ao cancro do pulmão
Várias entidades uniram-se para fundar a Aliança para o Cancro do Pulmão, um projeto que é apresentado hoje em Lisboa e que visa “fazer frente” ao tumor que não é o mais prevalecente em Portugal, mas o que mais mata.
Lançada no Dia Internacional da Luta Contra o Cancro, esta aliança foi inspirada no projeto internacional The Lung Ambition Alliance e reúne várias entidades, entre as quais a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Pulmonale, o Grupo de Estudos para o Cancro do Pulmão, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a AstraZeneca.
Em declarações à agência Lusa, o oncologista António Araújo explicou que a ideia partiu do que se observou noutros países em que “várias entidades e vários profissionais se uniram no sentido de combater uma doença que é altamente prevalecente na sociedade, o cancro do pulmão, e que tem um comportamento biológico muito agressivo e, portanto, tem uma taxa de mortalidade muito elevada”.
A Aliança para o Cancro do Pulmão “replica experiências que já foram feitas noutros países, nomeadamente nos Estados Unidos e Canadá, e replica uma experiência que foi feita com um organismo internacional, a Associação Internacional de Estudo do Cancro”, adiantou o diretor do serviço de oncologia médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto.
Segundo António Araújo, todas as personalidades e entidades se comprometeram em tentar “aumentar o conhecimento público acerca desta doença, tentar combater os fatores de risco que levam ao desenvolvimento do cancro do pulmão, nomeadamente o tabagismo, e tentar unir esforços no sentido de diminuir a mortalidade que esta doença causa”.
“Nós que há tantos anos trabalhamos nesta área temos percebido que não é o médico individualmente ou uma organização que ‘per si’ vai conseguir diminuir globalmente, a nível nacional, a incidência do cancro do pulmão e a taxa de mortalidade. Só unindo os esforços de todos é que conseguiremos atingir este objetivo e é isso que se pretende com a Aliança”, defendeu António Araújo, uma das personalidades que integra a Aliança.
Durante a apresentação do projeto na Fundação Oriente, em Lisboa, serão ainda divulgados os resultados de um inquérito à população sobre perceções face ao cancro do pulmão, uma doença que vitimou 4.600 portugueses em 2018.
O estudo revela que 34% dos inquiridos admite ter um conhecimento muito limitado sobre o cancro do pulmão, 39% um conhecimento intermédio e 19,5% diz ter algum conhecimento.
Apenas 8,8% admite ter um “elevado conhecimento” sobre esta doença.
António Araújo sublinhou que um dos objetivos da Aliança passa por contribuir para “uma maior literacia da população em relação à doença”, sendo que o estudo demonstra que “há espaço e um caminho a ser feito nesse sentido”.
“Este estudo vem demonstrar e mostrar que continua a haver um grande grau de iliteracia da população portuguesa no que respeita à saúde em geral e ao cancro do pulmão em particular”, vincou.
Lusa

Nenhum comentário:

Postar um comentário