Aproveitando a pandemia do covid-19, que infectou apenas uma pessoa em Moçambique, o Governo de Filipe Nyusi reviu em baixa a sua proposta de Plano Económico e Social (PES) para este ano e nesta segunda-feira (23) pediu formalmente aos Parceiros de Cooperação cerca de 700 milhões de dólares norte-americanos de apoio directo ao Orçamento de Estado (OE) de 2020.
“Vamos precisar de cerca de 700 milhões de dólares norte-americanos para as componentes de saúde e impacto na economia” declarou o primeiro-ministro, Carlos Agostinho Rosário, num encontro realizado em Maputo com representantes do Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, União Europeia, Nações Unidas e os embaixadores dos Estados Unidos da América e do Reino Unido.
De acordo com Carlos Agostinho Rosário a proposta de PES de 2020 previa uma meta de crescimento da economia de 4,8 por cento mas devido ao impacto da pandemia do covid-19 no mundo e em Moçambique o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ficar-se pelos 2,2 por cento, num cenário pessimista, e em 3,8 por cento, numa projecção mais optimista.
“Na Saúde a prioridade vai para infra-estruturas, construção e apetrechamento de 79 hospitais distritais, na componente económica primeiro o apoio é ao Orçamento do Estado para compensar a perda de receitas fiscais (...) também vamos precisar de apoio para as micro, pequenas e médias empresas se reerguerem do impacto negativo da pandemia”, detalhou o primeiro-ministro.
Não foram apresentadas publicamente as propostas de PES e OE para 2020 contudo o @Verdade apurou que basicamente o apoio solicitado pelo Executivo cobre quase metade de défice orçamental previsto muito antes da pandemia do novo coronavírus ser conhecida.
Ademais na proposta de Programa Quinquenal do Governo 2020-2024, que deve ser apreciada esta semana pela Assembleia da República, está incluída como meta edificar hospitais em todos os distritos e apetrecha-los juntamente com os hospitais centrais e provinciais. Portanto o mal do covid-19 pode trazer algum bem em termos de infra-estruturas e fundos de apoio para os moçambicanos mais carenciados.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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