Depois de o Reino Unido ter decidido manter Portugal fora da sua lista segura dos corredores aéreos, os portugueses que vivem e trabalham em ‘terras de sua majestade’ trataram de lutar para que sejam dispensados da quarentena obrigatória para poderem visitar as famílias em Portugal este verão.
Esta luta, iniciada pela enfermeira Joana Ribeiro, faz-se através de uma petição online , chamada de “Permita que os imigrantes visitem as suas famílias”, a qual em dois dias recolheu quase mil assinaturas, e esta manhã já está muito perto das 1400 assinaturas.
“A reação portuguesa foi evidentemente de preocupação com o turismo, sobretudo do Algarve, mas tiveram muito pouca ou nenhuma preocupação com os portugueses residentes no Reino Unido. O que acontece neste momento é que para viajarmos precisamos de ficar de quarentena no regresso. Os nossos empregadores não são forçados a permitir uma quarentena de 14 dias a quem viajou e muitos de nós não temos dias de férias suficientes para visitar Portugal e ainda poder cumprir quarentena no regresso”, critica Joana Ribeiro, em declarações à ‘Rádio Renascença’.
Atendendo a que o governo britânico estabeleceu, ainda assim, algumas exceções, por exemplo, para pessoas que vivam no Reino Unido mas que trabalham noutro país e precisam de viajar pelo menos uma vez por semana, Joana Ribeiro lamenta que visitar a família não seja considerada uma prioridade.
A portuguesa dá ainda conta de que os portugueses também estão a tentar sensibilizar as empresas onde trabalham para esta situação, no sentido de não cumprirem quarentena no regresso, mas não foram bem acolhidos e ainda ficou em aberto a possibilidade de então serem penalizados.
Disposta a levar esta luta em frente, Joana Ribeiro decidiu criar um abaixo-assinado para que o primeiro-ministro português ou o Presidente da República atuem, apelando ao diálogo entre governos.
Executive Digest
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