A GNR anunciou hoje o desmantelamento de uma rede ibérica organizada que se dedicava à produção e comercialização ilícita de cigarros e de outros produtos de tabaco em Portugal e em Espanha, após dois anos de investigação.
Em comunicado, a GNR explica que a 'Operação Alecrín', desencadeada entre 22 de maio e 15 de julho, "foi o culminar de uma investigação que permitiu o desmantelamento de uma infraestrutura de produção massiva de cigarros no Reino de Espanha, bem como de diversas bases logísticas de armazenamento, tratamento, embalamento e distribuição de cigarros e outros produtos de tabaco, em ambos os países".
"Resultando no cumprimento de 125 mandados de busca, [de] 29 detenções, na apreensão de mais de dois milhões de euros em numerário, de 51 toneladas de produtos de tabaco (folha de tabaco e tabaco moído), [de] 40 milhões de cigarros, [de] sete armas de fogo e de diversa maquinaria usada para produzir cigarros, presumindo-se que tenha lesado os interesses económicos de ambos os países em cerca de 10 milhões de euros", refere a GNR.
Em Portugal, foram detidos dois homens e dado cumprimento a 97 mandados de busca, 59 dos quais de busca domiciliária e 38 de busca não domiciliária (armazéns, garagens e veículos), que culminaram com várias apreensões
Durante a operação, a Unidade de Ação Fiscal (UAF), através do Destacamento de Ação Fiscal (DAF) do Porto e sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, apreendeu "cerca de 97.000 cigarros manufaturados e de 520 quilogramas de folha de tabaco (daria para produzir aproximadamente 520 mil cigarros)".
Além disso, foram ainda apreendidas diversas máquinas utilizadas na produção e acondicionamento dos produtos de tabaco, matéria-prima diversa utilizada na produção ilícita, como tubos para cigarros, cartão de maços e sacos/caixas para embalar tabaco, 758 mil euros em numerário, 10 veículos ligeiros, diversos equipamentos informáticos e 17,1 gramas de pólen de haxixe.
A operação contou com a colaboração da Guardia Civil espanhola e o apoio da EUROJUST (Unidade de Cooperação Judiciária da União Europeia).
Fonte: Lusa
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