quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ex-ministro brasileiro José Dirceu condenado a 23 anos de prisão

Foto:jornalacores9.net
A justiça federal brasileira condenou hoje o ex-ministro José Dirceu a 23 anos e três meses de prisão por crimes como corrupção e branqueamento de capitais no âmbito da Operação Lava Jato, divulgou a imprensa brasileira.

Segundo o portal de notícias G1, esta é a primeira condenação de José Dirceu no âmbito da Operação Lava Jato -- da Polícia Federal (PF) e que investiga um grande esquema de corrupção, envolvendo a Petrobras, políticos e empresários, entre outros -, mas o arguido ainda pode recorrer.

Entre 2003 e 2005, José Dirceu foi ministro da Casa Civil do Presidente Lula da Silva e era uma das principais figuras do Partido dos Trabalhadores (PT), com muita influência dentro do partido.
O ex-ministro do PT foi preso em agosto de 2015, na 17.ª etapa da operação batizada de "Pixuleco".

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceite em setembro do ano passado e envolve atos ilícitos no âmbito da diretoria de serviços da Petrobras e abarca 129 atos de corrupção ativa e 31 atos de corrupção passiva, entre 2004 e 2011.

Outras nove pessoas também foram condenadas na mesma ação penal.

Esta é a primeira condenação de Dirceu no âmbito da Lava Jato. O ex-ministro já foi condenado por envolvimento no chamado "Mensalão", esquema em que membros do PT (de Lula da Silva e Dilma Rousseff) pagavam a parlamentares para aprovarem os seus projetos de lei no Congresso Nacional.

"O mais perturbador, porém, em relação a José Dirceu de Oliveira e Silva consiste no facto de que recebeu suborno inclusive enquanto estava a ser julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal a Ação Penal 470, havendo registo de recebimentos pelo menos até 13/11/2013", afirmou o juiz Sérgio Moro na sentença.

Para Moro, um dos juízes da Lava Jato, a condenação não inibiu o ex-ministro de repetir os crimes.

"Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente", acrescentou Sérgio Moro.


Fonte: Lusa

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