
Teodorin Obiang, filho do presidente Teodoro Obiang, apelou no ano passado para que as acusações fossem retiradas com base em imunidade diplomática, mas o Judiciário definiu na época que elas tinham relação "exclusivamente com a sua vida privada na França", e não com as suas funções oficiais.
Os juízes decidirão em um mês se levam o caso ao tribunal, disse o representante da promotoria à Reuters. Emmanuel Marsigny, seu advogado, declarou à Reuters que eles estavam analisando a acusação.
Obiang é o segundo vice-presidente do pequeno país da África central, onde a maioria da população vive na pobreza, apesar das ricas reservas de petróleo. Ele também enfrenta acusações por lavagem de dinheiro nos Estados Unidos.
Ele nega irregularidades e diz que a sua situação financeira, que o permitiu comprar um imóvel luxuoso em Paris, um avião e carros, é resultado de negócios exitosos e legítimos.
O caso contra Teodorin Obiang é parte de uma ampla investigação francesa sobre lavagem de dinheiro, que tem também como alvo as famílias do presidente morto do Gabão, Omar Bongo, e do presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso. Juntos, eles são suspeitos de terem 63 propriedades de luxo em Paris e cerca de 200 contas bancárias.
Em 2013, Obiang quase foi preso em Salvador, onde passou o Carnaval, quando a Justiça francesa expediu um mandato de prisão internacional contra ele no mesmo processo por ter faltado a uma audiência. Ao saber da decisão, o vice-presidente Guiné Equatorial voltou imediatamente a seu país, de onde não poderia ser deportado.
Reuters, em Swissinfo
Nenhum comentário:
Postar um comentário