Depois de 15 horas reunidos, sindicato dos estivadores e operadores portuários entenderam-se. A greve foi desconvocada. O acordo já foi assinado. Ameaça de despedimento coletivo também caiu.
Não foi preciso recorrer a um plano B. Os estivadores e os operadores portuários entenderam-se em relação a vários pontos. A começar pela admissão de trabalhadores portuários. O acordo prevê que a PORLIS "não poderá admitir mais trabalhadores, devendo a situação dos atuais ser resolvida no prazo máximo de dois anos". Serão, ainda, admitidos "23 trabalhadores nos quadros da ETPL - Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa - no prazo máximo de dois anos".
O fim da greve foi anunciado pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que disse que o pré-aviso de greve que estava em vigor será suspenso "de imediato".
O entendimento apareceu só ao fim de quinze horas de negociações no Ministério do Mar. A ministra Ana Paula Vitorino considera que o acordo entre estivadores e operadores portuários é equilibrado.
O entendimento ainda terá de ser confirmado em plenário pelos estivadores. Essa luz verde terá de ser dada no prazo de máximo de 24 horas, de acordo com o documento assinado.
O sindicato dos estivadores e os operadores portuários chegaram ainda a um compromisso para que, no prazo de 15 dias, seja assinado "um novo contrato coletivo de trabalho" que traduza os termos do acordo alcançado esta sexta-feira. O novo contrato "deverá ter um prazo de vigência de seis anos, comprometendo-se o Sindicato dos Estivadores, durante o referido prazo, a recorrer a uma comissão paritária em caso de incumprimento".
Na quinta-feira, o primeiro-ministro tinha estabelecido esta sexta-feira como a data limite para que as partes em conflito no Porto de Lisboa se entendessem. António Costa tinha prometido que iria ser feito "um grande esforço negocial" ao longo de toda esta sexta-feira, mas acrescentou que "há limites para tudo, e se a solução não for uma solução negociada, terá que ser encontrada outra solução".
Rui Tukaiana - TSF
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