sexta-feira, 17 de junho de 2016

Guerra contra a obesidade: Filadélfia é primeira grande cidade dos EUA a taxar refrigerantes

A Filadélfia, no estado americano da Pensilvânia, tornou-se, na quinta-feira, a primeira grande cidade dos Estados Unidos a aprovar a tributação de bebidas açucaradas, apesar da oposição da indústria dos refrigerantes.

O imposto, de cerca de 50 centavos de dólar por litro, será aplicado a bebidas açucaradas, incluindo as que contêm adoçantes artificiais.

A medida abrange não só os refrigerantes, mas também bebidas ernergéticas, águas aromatizadas, bebidas energéticas e cafés e chás adoçados, afirmou o gabinete do "Mayor" de Filadélfia. As únicas exceções são as bebidas compostas por, no mínimo, 50% de leite, fruta fresca ou vegetais frescos.

Berkeley, na Califórnia, com uma população de cerca de 120.000 habitantes, é a outra cidade dos Estados Unidos a taxar os refrigerantes.

O conselho da cidade de Filadélfia aprovou o imposto por 13 votos contra quatro, na quinta-feira, depois de meses de deliberação e a medida deve entrar em vigor em janeiro.

Os defensores desta taxa afirmam que a medida vai melhorar a saúde das 1,5 milhões de pessoas que vivem em Filadélfia, a quinta maior cidade dos Estados Unidos. Mais de 68% dos adultos e 41% das crianças da cidade estão acima do peso ou são obesos.

Os críticos da medida acreditam que o aumento do preço será catastrófico para os pequenos empresários, uma vez que os clientes podem começar a comprar os produtos fora da cidade.

Dezenas de tentativas anteriores em aprovar leis semelhantes em outras cidades dos Estados Unidos falharam. Em Filadélfia, esta foi a terceira tentativa de aprovar o imposto, depois de os membros do conselho da cidade terem cedido duas vezes à pressão da indústria de bebidas.

O "Mayor" democrata Jim Kenney procurou apoio para a proposta argumentando que o imposto iria angariar 91 milhões de dólares por ano para ajudar a financiar a educação infantil na cidade.

Houve um debate acalorado antes do conselho votar a favor da medida. Várias pessoas reclamaram os encargos financeiros que surgiriam para as famílias mais pobres numa cidade onde 26,7% da população vive abaixo da linha da pobreza.

O imposto vai "criar o pior mercado negro de bebidas não-alcoólicas desde a proibição nas décadas de 1920 e 1930 (de bebidas alcoólicas)", afirmou Chris Hunter, um empregado da Coca-Cola, ao canal local de televisão ABC.

Fonte: sapo / afp
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J. Carlos

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