“O Governo é um desastre a gerir a banca”, acusa Marques Mendes, falando em especial da Caixa Geral de Depósitos e do Novo Banco. As críticas estendem-se a Passos Coelho e por isso, pede a intervenção do Presidente da República para puxar as “orelhas” a PS e PSD.
No seu habitual espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC, Marques Mendes deixou muitascríticas a Mário Centeno, ministro das Finanças, e ao governo de António Costa em geral, pela forma como têm gerido os casos do Novo Banco e da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
“O Governo é um desastre a gerir a banca”, considera Marques Mendes, mencionando em concreto o caso da CGD que diz ser uma “telenovela da mais baixa qualidade que se tem visto”.
Mas as críticas do ex-dirigente do PSD estendem-se ao líder dos sociais-democratas, acusando Passos Coelho de ser irresponsável pela forma como está a transformar a questão da banca num combate político.
Perante este cenário, Marques Mendes considera que Marcelo Rebelo de Sousa deve intervir, em privado, para puxar as orelhas a PS e PSD.
A “chamuscar” novo presidente e a “dar cabo” da CGD
Abordando o caso concreto da CGD, Marques Mendes diz que o aumento de recapitalização inicial de 5 mil milhões de euros foi chumbado pelas autoridades europeias e que o valor é agora inferior a três mil milhões de euros.
O comentador critica o facto de ainda não haver uma administração em funções na CGD quando António Domingues foi escolhido para liderar o Conselho de Administração há 100 dias. Ele diz que a lista dos 19 administradores seleccionados só foi enviada para o Banco Central Europeu no final da semana passada para receber a aprovação.
“O normal seria resolver a administração da CGD em 30 dias, há quanto tempo deviam os nomes dos administradores já estar no BCE, para serem analisados porque é obrigatório?”, questiona Marques Mendes, concluindo que “Mário Centeno é um desastre”.
O comentador também sublinha que o processo “vai chamuscando o novo presidente da CGD” e que, no fim de contas, “isto é dar cabo da CGD”. “Só se o objectivo for ajudar os privados e matar o banco público”, conclui Marques Mendes.
ZAP
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