Dois homens armados com facas fizeram, esta terça-feira, reféns numa igreja perto de Rouen, no norte de França. Os dois foram abatidos pela polícia, mas um padre morreu. Estado Islâmico já assumiu o ataque.
Segundo avançou a Reuters, cinco pessoas estiveram sequestradas na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, nos arredores de Rouen.
O ataque aconteceu durante a missa, esclarece o jornal "Le Figaro", que confirma que os reféns eram um padre, duas freiras e dois fiéis.
O padre, Jacques Hamel, de 84 anos, foi morto durante o ataque.
Foi outra freira que se encontrava na igreja no momento em que os atacantes entraram, mas que conseguiu escapar, quem deu o alerta.
Pouco depois, uma operação policial foi montada no local. As forças especiais intervieram e os dois atacantes foram abatidos, segundo o governo francês. Tudo terá demorado cerca de 40 minutos.
Um porta-voz do ministério do Interior disse ao canal BFM TV que uma pessoa ferida no sequestro, que começou perto das 9.45 horas (8.45 horas em Portugal continental), se encontra "entre a vida e a morte".
O porta-voz esclareceu que os dois atacantes saíram da igreja, que estava cercada, e foi aí que foram baleados pelas forças policiais.
Estado Islâmico reivindica ataque
A polícia francesa está a tentar identificar os atacantes. François Hollande, já no local, disse à imprensa que os dois reclamaram fazer parte do Estado Islâmico e condenou o "ignóbil atentado terrorista".
Pouco depois a agência de informação 'Amaq, ligada ao grupo islamita, veiculou que o Estado Islâmico reivindicou o ataque de "dois soldados" seus.
O "Libération" adianta que um dos terroristas já tinha tentado deslocar-se para a Síria, mas ficou retido na fronteira turca, em 2015. Em março de 2016, foi-lhe colocada uma pulseira eletrónica.
Em comunicado, o ministério público de Paris indicou ter atribuído a investigação do caso à subdireção antiterrorista e a direção-geral de segurança interna francesas.
Este sequestro ocorre num contexto de grande tensão em França, duas semanas depois do ataque em Nice (sudeste), a 14 de Julho, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Fonte e Foto:JN
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