terça-feira, 26 de julho de 2016

360º - Um esfaqueamento em Tóquio e um atentado na Somália. Nos EUA, os assobios a Hillary

360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormiaUm homem entrou ontem numa instituição para pessoas com deficiência numa cidade perto de Tóquio, no Japão, e esfaqueou dezenas de pessoas. Morreram 19, segundo o último balanço oficial, sendo que há 20 feridos em estado grave. O atacante é um antigo funcionário que disse à polícia, depois de se entregar, que o seu objetivo era "acabar com os deficientes deste mundo".

Os apoiantes de Bernie Sanders encheram o primeiro dia da convenção democrata de assobios, apupos e vaiaspara todos os que declararam o seu apoio a Hillary Clinton - incluindo o próprio Sanders. Uma das oradoras, a comediante  Sarah Silverman, que esteve com Sanders mas agora vai votar Hillary, reagiu: "Vocês estão a ser ridículos". Um dos principais discursos da noite foi o de Michelle Obama. O João de Almeida Dias, que assistiu a tudo ao minuto, conta aqui os detalhes de uma noite de altos e baixos.

Dois atentados provocaram hoje oito mortos na Somália. Um bombista suicida explodiu um carro à porta das instalações da ONU em Mogadishu e houve duas outras explosões, seguidas de tiros, no aeroporto.

Informação relevanteOs dados da execução orçamental divulgados ontem pelo Governo mostram que o défice baixou 971 milhões de euros durante o primeiro semestreConvém perceber de que forma: como as receitas fiscais cresceram abaixo do previsto, houve um aperto no investimento público, uma redução das compras de bens e serviços e um aumento dos pagamentos em atraso, principalmente na saúde.

Na reação dos partidos aos números o PSD avisou, sem surpresa, que a economia está "à beira da estagnação", enquanto o PS falou, de forma cautelosa, sobre "um exercício orçamental muito difícil".

relatório sobre o Banif foi discutido ontem no parlamento. E quem achava que o documento, escrito pelo deputado socialista Eurico Brilhante Dias, já apresentava muitos culpados pela situação do banco - os antigos acionistas, o Banco de Portugal e o governo PSD-CDS - precisa agora de arranjar mais espaço: o PSD e o CDS querem acrescentar à lista o atual Governo, o BE quer lá pôr também as instituições europeias e o PCP acrescenta-lhe o sistema bancário em geral.

Marcelo Rebelo de Sousa vetou ontem ao final do dia, pela segunda vez, um diploma. O  decreto-lei que altera os estatutos da SCTP e do Metro do Porto impede a entrada de investidores privados e o Presidente não concorda com essa restrição.

Ontem foi dia de cortejo em Belém: os partidos foram todos falar com o Presidente. PSD e CDS mostraram-se preocupados ("O crescimento não arranca"); o PS mostrou-se despreocupado ("Os acordos estão firmes e estão para durar"); oBE mostrou-se empenhado (o Presidente "não tem motivo para qualquer intranquilidade"); e o PCP mostrou-se desprendido (não se pronuncia "nem sim nem não" sobre o Orçamento). Hoje é a vez dos parceiros sociais.

A forma como o Governo está a gerir o dossier da Caixa continua a ser perfeita: entre o devagar e o devagarinho.Ontem conheceram-se pelos jornais os nomes de mais possíveis/eventuais/supostos/prováveis novos administradores: Pedro Leitão, ex-administrador da PT, e Ángel Corcostegui, antigo presidente do Banco Santander Central Hispano, a que se juntam, segundo o Negócios,  Herbert Walter, ex-presidente executivo do Dresdner Bank, e Paulo Rodrigues da Silva, que esteve na Vodafone .

Esta manhã, o Negócios conta que Mário Centeno pediu aos ainda administradores da Caixa que fiquem em funções até 15 de agosto, altura em que presumivelmente o impasse da transição estará resolvido. A resposta foi: mande-nos isso por escrito.

A mensagem foi colocada na conta de Twitter do Governo português: "A minha [filha] faria dele o escudo do Cap. América e certamente o faria voar para a tola de q lhe dizia que era um prato". Foi assim que a "República Portuguesa" entrou na sempre fascinante discussão sobre se rapazes e raparigas gostam de brincar às mesmas coisas. Tudo indica que quem estava a gerir o Twitter do Governo trocou aquela conta com a sua pessoal.

A TV Globo avançou ontem que a polícia brasileira estava a investigar um segundo grupo de 15 supostos terroristas que estariam a planear cometer atentados durante os Jogos Olímpicos do Rio. Mas o Governo  diz que não é bem assim. Segundo o Ministério da Justiça, há muita gente a ser vigiada, mas nenhum outro grupo entrou na fase de preparar efetivamente um ataque. A grande dúvida, agora, é: o Brasil está preparado para deter possíveis atentados? O Milton Cappelletti foi tentar descobrir.

O Brasil tem outros problemas, bem menos graves, nos Jogos Olímpicos. Os atletas começam a chegar ao Rio e estão a ter aquilo que pode ser descrito como uma surpresa. Má. A comitiva portuguesa, por exemplo, disse ontem que os apartamentos da aldeia olímpica estavam sujos e sem água. Há mais federações a queixarem-se.

Nos últimos três dias, apareceram numa praia de Sabrata, na Líbia, corpos de 87 migrantes que tentavam entrar na Europa. No local, já há voluntários que têm como missão ajudar a retirar os corpos.

Os nossos Especiais

Nos últimos dias (e horas), temos tido notícias de atentados com recurso a bombistas suicidas. Miguel Freitas da Costa foi olhar para os livros e descobriu centenas de páginas sobre um fenómeno que não deve ser visto como insanidade.

Notícias surpreendentes

Omara Portuondo e Diego El Cigala tocam hoje no EDP Cool Jazz e antes falaram ao Observador. Ou melhor, cantaram, porque, como escreve a Rita Neves Costa, cantarolavam as respostas a cada pergunta. Conhecem-se só há um ano - mas não parece.

Foi editado recentemente em Portugal "Tempos Difíceis", de Charles Dickens. O crítico literário do Observador Jorge Almeida leu  este romance sobre os problemas de uma sociedade industrial e dá-lhe cinco estrelas.

A praia do Ourigo, no Porto, voltou a ter onde comer e beber. Depois do Shis, chegou agora o X, um bar que vai estar aberto até setembro ou outubro. A Sara Otto Coelho foi ver o espaço.

Aqui está uma oportunidade única de conhecer Portugal pelos postais antigos. O Observador juntou imagens de antigamente dos 308 municípios, de Norte a Sul. Ora veja.

E, quando acabar de olhar para o passado, passe por aqui, onde vamos ter toda a informação atualizada.
Até já!
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2016 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

Nenhum comentário:

Postar um comentário