Quase sete em cada dez portugueses concorda que Portugal e Espanha “deviam avançar até alguma forma de união política Ibérica”, segundo uma sondagem publicada pelo Real Instituto Elcano, em Madrid.
Este grupo de reflexão de estudos internacionais e estratégicos que analisa o mundo “de uma perspetiva espanhola, europeia e global” incluiu pela primeira vez uma sondagem feita em Portugal na sua 6.ª edição do Barómetro Elcano da Imagem de Espanha no estrangeiro.
Embora 67,8% dos portugueses entrevistados concordem com “alguma forma de união política” com Espanha, há também 60% que pensam que os espanhóis “interessam-se pouco por aquilo que acontece em Portugal”.
O estudo conclui que os portugueses têm uma imagem muito positiva de Espanha, um país que consideram muito similar ao seu, apesar de metade deles verem “aspetos negativos na forte presença de empresas espanholas no seu país, relacionados com um certo receio de ser colonizados”.
Três em cada quatro portugueses (74%) defendem que a Espanha deve ser o seu melhor aliado na União Europeia, mas só 62% está convencido que isso acontece realmente.
Uma percentagem expressiva de 83% de portugueses acreditam que Portugal e Espanha têm os mesmos interesses no que diz respeito à política internacional, mas apenas 63% afirma que os dois países atuam de forma coordenada nessa dimensão internacional.
O barómetro, elaborado a partir de 4.015 entrevistas a nacionais residentes na Alemanha (400 entrevistados), Reino Unido (400), França (400), Portugal (400), Estados Unidos (400), Colômbia (401), Peru (473), Marrocos (430), China (401), e Índia (400), entre 26 de maio e 9 de junho, revela que 74% dos portugueses elegem a Espanha como o parceiro europeu que devia ser o melhor aliado de Portugal, muito acima da percentagem em França (38%) e na Alemanha (24%).
O Real Instituto Elcano é uma fundação “privada, apartidária e independente tanto do estado espanhol como das empresas que o financiam”.
Tem como objetivo, o estudo da posição da Espanha na sociedade internacional e colocar os resultados das suas análises à disposição da sociedade espanhola.
/Lusa
Comentário: no mundo contemporâneo somos confrontados com todo o género de opiniões, gostos, preferências, portanto já nada é novo. Na certeza porém, a mim como cidadão de corpo inteiro, nunca fui confrontado com qualquer observação sobre este País onde nasci, cresci, estudei, trabalhei e lhe dei dois filhos ambos com formação universitária. Porque será?
J. Carlos
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