quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Fogo avança “perigosamente” em direção à cidade de Águeda

O incêndio florestal de Préstimo, em Águeda, continua descontrolado e está a avançar perigosamente em direção à sede do concelho, disse à Lusa fonte dos Bombeiros.

Em declarações à Lusa, o comandante dos Bombeiros de Ílhavo, Carlos Mouro, que está a comandar as operações no terreno, disse que o fogo mantém quatro frentes ativas, "todas elas com combate difícil".

Segundo o mesmo responsável, uma destas frentes está a avançar em direção a Águeda e pode mesmo vir a rodear a cidade.

"Com o cair da noite esperamos controlar essa frente. O principal objetivo é esse", disse Carlos Mouro, adiantando que o vento forte e os acessos difíceis estão a dificultar o combate às chamas.

O comandante explicou ainda que o fogo não dá tréguas, porque "tem todas as condições para se propagar", vincando que "as matas estão cada vez mais fechadas e cheias de matos e combustíveis finos".

"Os meios aéreos já ajudaram um bocado à tarde e continuamos a fazer a defesa do perímetro das povoações, mas o pessoal está cansado e estamos à espera de rendições", adiantou.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais, disse que o fogo "está às portas da cidade", adiantando que as chamas já atingiram a zona do Casarão e da Catraia de Assequins, junto a Águeda.

O autarca adiantou ainda que para já não serão tomadas nenhumas providências, adiantando que as recomendações são para as pessoas "fecharem bem as janelas das casas para evitar a entrada de fagulhas".
 
Já hoje o autarca disse não ter dúvidas de que este será o maior incêndio de sempre em Águeda.

O incêndio no Préstimo, Águeda, que deflagrou às 04:09 de segunda-feira, chegou a estar controlado na terça-feira à noite, mas reacendeu-se durante a última madrugada devido ao vento forte.

Neste momento, de acordo com a informação da página da Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), atualizada às 19:00, este fogo mobiliza 332 operacionais, apoiados por 102 viaturas e três meios aéreos.


Fonte e Foto: Lusa

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