SARA RIBEIRO | sararibeiro@negocios.pt | 09 Agosto 2016, 11:37
BRUNO SIMÃO |
As operações em Portugal e nos EUA continuam a ajudar as contas da Altice. No total, as receitas do grupo caíram 2,5% e o EBITDA cresceu 2,7%. Os proveitos da Meo representam metade das receitas internacionais do grupo.
No segundo trimestre do ano as receitas consolidadas da Altice situaram-se em 5,8 mil milhões de euros, uma queda de 2,5% face ao mesmo período do ano anterior.
No campo operacional, o EBITDA (resultados antes de
juros, impostos, amortizações e depreciações) cresceu 2,7% para 2,2 mil milhões
de euros. Com a margem EBITDA a aumentar de 36,9% para 38,9%.
As contas apresentadas pelo grupo francês esta
terça-feira, 9 de Agosto, foram impactadas pela negativa pelo mercado doméstico
(detém a SFR), onde as receitas decresceram 4,4% para 1,9 mil milhões de euros.
Já o crescimento na vertente operacional teve o
contributo de Portugal e dos EUA, mercado onde recentemente concluiu a compra
da Cablevision, sublinha o grupo de Patrick Drahi.
Aliás, as receitas da Meo representam metade do total
dos proveitos das operações internacionais da Altice, que no segundo trimestre
alcançaram cerca de mil milhões de euros. E 10% do total das receitas do grupo
Altice. A PT Portugal contribuiu com 567 milhões de euros.
Já o mercado norte-americano (Altice USA) registou 1,9
mil milhões de euros em receitas, um número semelhante ao registado no mesmo
período do ano anterior.
De Abril a Junho o investimento total da Altice
atingiu 1,1 mil milhões de euros, um número que compara com os 952 milhões de
euros investidos no segundo trimestre de 2015.
Durante o período em análise, o grupo francês investiu
13,4 milhões de euros em conteúdos exclusivos.
A dona do Meo também tem apostado nesta área em
Portugal. Além de ter comprado os direitos de transmissão dos jogos em casa do
FC Porto e da distribuição do Porto Canal, também fechou contrato com o Rio
Ave, Vitória de Guimarães e com o Boavista.
Além disso, assinou o acordo com as restantes
operadoras para a partilha de conteúdos desportivos e de custos (actuais e
futuros). E está em negociações para entrar no capital da Sport TV, tendo já
assinado um acordo de entendimento com os restantes accionistas:
Olivedesportos, Nos e Vodafone.
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