Conhecida como a “Avó da Europa”, a italiana Emma Morano, que vai completar 117 anos, é famosa por ser a mulher mais velha do mundo, e não é graças a uma dieta aprovada pelos médicos: a supercentenária inclui na sua alimentação poucos legumes e fruta, muitas bolachas e dois ovos por dia.
Em Maio passado, Emma Morano tornou-se na última pessoa viva nascida antes de 1900, após a morte da norte-americana Susannah Mushatt Jones, que tinha 116 anos.
A italiana, nascida a 27 de Novembro de 1899, prepara-se para completar 117 anos de vida e atribui a sua longevidade ao facto de evitar medicamentos e de comer dois ovos por dia.
“Como dois ovos por dia e é tudo. E bolachas. Não como muito porque não tenho dentes”, conta Emma Morano em declarações à AFP, conforme cita o site The Local.
O hábito de comer ovos vem do tempo em que foi diagnosticada com uma anemia, quando tinha 20 anos, em plena Primeira Guerra Mundial, e depois de recomendação de um médico. Ela manteve o regime alimentar à base de ovos durante 90 anos.
“Emma sempre comeu muito poucos vegetais, muita pouca fruta“, conta o seu médico da família, Carlo Bava, à AFP, salientando que quando a conheceu “comia três ovos por dia, dois crus de manhã e uma omelete ao meio-dia, e galinha ao jantar”, refere Bava.
Actualmente, come essencialmente bolachas “e não quer comer carne porque já não gosta e alguém lhe disse que provoca cancro”, refere o médico que acompanha a idosa há 27 anos.
O consumo de ovos de forma regular é visto como um mau hábito de saúde, porque são associados ao aumento do colesterol.
No entanto, um estudo publicado no início deste ano no American Journal of Clinical Nutrition não encontrou qualquer ligação nesse sentido, concluindo que “o consumo frequente de ovos não aumenta o risco de doenças cardiovasculares, mesmo em pessoas que estão geneticamente predispostas a uma maior efeito do colesterol dietético nos níveis de colesterol”.
Todavia, o segredo da longevidade de Emma está mais no factor genético, aponta o seu médico de família, realçando que a mãe da idosa viveu até aos 91 anos de idade.
Em Setembro, um grupo de cientistas revelou o segredo de longevidade de uma aldeia do sul de Itália, onde existe um número significativo de habitantes centenários, mas não é seguro que Emma partilhe essas características associadas aos níveis hormonais.
A condição desta anciã italiana é presentemente, de “precário equilíbrio”, conforme sustenta Bava, explicando que ela passa a maior parte do tempo na cama, que tem muitas dificuldades de audição, de visão e de fala, mas que está perfeitamente lúcida.
ZAP
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