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Bom dia!
O FBI voltou à carga contra os Clinton, divulgando documentos sobre um perdão presidencial dado por Bill Clinton há 15 anos ao fugitivo Marc Rich. E com isso lá subiu a polémica sobre a independência da polícia federal à beira das eleições. A Hillary vale a revista Variety, que rompeu uma tradição com 111 anos e lhe declarou apoio. Ah! E estes 370 economistas (incluindo oito Nobel)que fizeram um documento anti-Trump.
Hoje, temos mais uma reportagem do Alexandre Martins nos EUA, desta vez num estado crucial da eleição. Ora veja quem ele encontrou a dar apoio a Hillary.
Respire fundo, má notícia a caminho: as mortes por cancro vão subir muito até 2030, sobretudo entre as mulheres, dizem dois estudos publicados ontem, durante o congresso mundial do cancro, em Paris. O risco maior está nos países mais pobres, mas os números não deixam ninguém descansado.
O Papa não deu esperança: a Igreja Católica jamais ordenará mulheres, disse Francisco, depois de se associar às comemorações da Reforma Protestante, na Suécia. "O Santo Papa João Paulo II teve a última palavra sobre este assunto".
Na Luz, valeu São Sálvio. O argentino marcou o golo que garantiu ao Benfica o triunfo sobre o Dínamo Kiev. Mas valeu também São Ederson, que defendeu um penálti já perto do fim. O clube subiu à liderança do Grupo B, ao lado do Nápoles que empatou ontem na Turquia.
E já viu quem deu a volta ao Barcelona? Pep Guardiola, quem mais?!
O tema do dia
É o Orçamento do Estado - e não só porque Mário Centeno está já no Parlamento, numa espécie de pré-match para o debate que amanhã começa no plenário.
O Orçamento é também o tema do dia porque o ministro da Educação disse ontem, na SIC, que não importa o que o ministério gastará este ano, mas o que gostaria de ter gasto. Explico melhor: para Tiago Brandão Rodrigues a Educação vai ter mais dinheiro em 2017 (se compararmos com o que estava escrito no OE 2016), mesmo que não tenha mais (se compararmos com o que realmente o Governo conta gastar este ano). "Devemos comparar o comparável", disse o ministro. É o mesmo que dizer que o que conta é a intenção, não a realidade (se a moda pega, ainda vemos os alunos a dizer que o conta não é a nota do teste, é a intenção que tinham de estudar).
Para ser justo, terei de dizer que Brandão Rodrigues está a seguir o argumentário de Mário Centeno. E que este é apenas uma das 15 guerras que ainda vão aquecer o Orçamento de 2017. A equipa do PÚBLICO conta-lhe quais são (com umas novidades pelo meio).
Para melhor perceber a discussão, junte a tudo isto a manchete do Negócios de hoje: os últimos números entregues pelo Governo mostram uma derrapagem de 680 milhões de euros na Educação e Saúde este ano. É caso para dizer que a realidade pode ser desagradável, se comparada com a intenção.
Atenção especial...
Ainda para a CGD. Aqui no PÚBLICO, contamos-lhe que o banco público pode perder mais de 900 milhões com o caso La Seda, um negócio que vem do tempo de José Sócrates e tem contornos muito... políticos.
Com a recusa da nova administração em entregar as declarações de património no TC, está no ar uma ameaça de renúncia (diz o Negócios) e, na moeda de troca, um aviso de Francisco Louçã: Se Domingues escolher não apresentar a declaração, "é porque prefere uma crise na Caixa (...). Ainda penso que pode salvar o começo do seu mandato. Tudo depende do que ele fizer nestas próximas duas semanas e era melhor que fosse depressa."
Também para esta notícia: a Autoridade da Concorrência abriu uma investigação à EDP, por indício de práticas restritivas entre 2009 e 2014.
Atenção também para o 'perdão' fiscal, que começará já esta semana. Pensando em ser-lhe útil, a Raquel Martins explica aqui como usá-lo.
Do Dinheiro Vivo vem um sinal sobre a venda do Novo Banco: o BCP não vai melhorar a sua proposta. Sexta-feira é o dia para as versões finais. E daqui do PÚBLICO, um outro sobre a TAP: há aumentos salariais a caminho.
Outras notícias a ter em atenção
O Governo está à espera que Juncker limpe Portugal do corte de fundos, diz-nos a São José Almeida.
Nas autárquicas, contamos-lhe um trunfo que é um problema para o PS (o nome dele é Cafôfo); e também um regresso noutras terras (o de Carmona Rodrigues, lá para Sintra).
Da cimeira de ontem da CPLP, registamos Portugal a duas vozes sobre a Guine Equatorial. E quando digo registamos, leia criticamos (no Editorial).
Para quem mora em Lisboa, fica uma notícia útil do PÚBLICO: os locais onde a Câmara vai abrir 3 mil novos lugares de estacionamento.
Hoje acontece
Agora mesmo, pelas 9h00, o ministro das Finanças começa a explicar os quadros novos Orçamento. É no Parlamento e nós já estamos em directo.
Hoje há também balanço do Simplex (40% cumprido, segundo diz esta manhã o jornal i);
Há também dados do emprego, ou resultados do Santander, por cá, e do Facebook, lá fora. Lá fora, atenção à reunião do banco central americano, que deve deixar para depois das eleições uma subida dos juros (mas nunca se sabe).
O Sporting e o Porto têm jogos decisivos na Liga dos Campeões. Os dragões recebem o Brugge, ansiando por uma vitória antes do clássico. Enquanto os leões vão à Alemanha, confiantes e conscientes (garantiu Jorge Jesus). Ontem à noite, Bruno de Carvalho disse à TSF que tem "uma equipa magnífica e um dos melhores treinadores do mundo", admitindo que estes "não eram os resultados que os sportinguistas queriam".
Só mais um minuto
E se Portugal se transformar num deserto, lá para 2100? Um estudo francês sugere um cenário um bocadinho desagradável se não for travado o aquecimento global.
A propósito, já está no YouTube o filme de DiCaprio sobre o clima. Chama-se "Antes do dilúvio" e mostra o actor a despertar a consciência de vários líderes mundiais sobre as alterações climáticas. Guarde o link, é para ver mais logo (mas a história está aqui contada).
Um sismo como o de Itália iria “arrasar” Lisboa. A falta de preparação da cidade e das pessoas, alerta a especialista Cristina Oliveira, antecipa um cenário ainda próximo do terramoto de 1755 - que fez ontem 261 anos.
Já que falo de Itália e de cinema, aqui está uma história bonita: um álbum fotográfico que nos mostra um pouquinho da história do cinema italiano. O autor é um arquitecto que não gosta de ruído, pelo que o melhor será vê-las em silêncio. Só um bocadinho, pode ser?
Aproveito para me despedir, discretamente. Ponha um bom sorriso, tenha um dia feliz.
Nós por aqui estaremos, sempre a fazer-lhe companhia (com notícias e histórias bem contadas).
Até já!
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