Enquanto dormia...
O Ministério da Defesa russo anunciou hoje que foi encontrada a caixa negra do avião que se despenhou no mar Negro. Estava a uma profundidade de 17 metros. A informação no seu interior pode ajudar a perceber os detalhes da queda do aparelho.
E já há certezas sobre a queda do avião que transportava a equipa de futebol Chapecoense - combustível a menos. Houve outras irregularidades no voo: o aparelho levava peso a mais e seguiu a uma altitude superior à permitida. Resumindo: foi erro humano.
BE, PCP e Verdes querem mais dias de descanso: o Parlamento vai receber propostas para um aumento dos dias de férias na função pública e no privado e para instituir o Carnaval como feriado oficial. A notícia é do Negócios.
“Elites portuguesas tratam-nos como se fôssemos seus escravos”. É apenas uma das frases polémicas do último artigo de opinião do diretor do Jornal de Angola, órgão detido pelo Estado. José Ribeiro critica a forma como as autoridades portuguesas receberam Luaty Beirão e acusa-o de ter preparado “atos de violência e de terrorismo muito semelhantes aos praticados em Paris, Nice, Berlim". Escrevendo contra as "punhaladas portuguesas", o diretor do jornal lamenta "a destruição das grandes parcerias com o BES e PT" e denuncia um sinal da nefasta influência de Lisboa: "Os empresários desonestos até conseguiram impingir a colocação da tortuosa (para os pés) calçada portuguesa nos passeios de Luanda".
Em Itália, continuam os problemas na banca. O Banco Central Europeu enviou ontem uma carta à administração do banco Monte dei Paschi a exigir uma recapitalização de 8,8 mil milhões de euros. O presidente do Bundesbank também falou sobre o caso, lembrando que o dinheiro do Estado só deve ser usado “como último recurso”.
A votação na ONU que condenou a construção de colonatos em território palestiniano continua a ter consequências diplomáticas. A OLP (Organização para a Libertação da Palestina) anunciou ontem que vai contactar o Tribunal Penal Internacional e quer que os colonatos sejam considerados "crimes de guerra". É um tema complexo que o João Almeida Dias descodificou num Explicador sobre estas novas tensões na região.
O Governo vai levar à Assembleia da República a criação do Registo Oncológico Nacional, desvalorizando assim os dois pareceres negativos por parte da Comissão Nacional de Proteção de Dados, que teme que o registo seja “potenciador de juízos discriminatórios”. A notícia é do Público.
Hoje vai ser revelada oficialmente a lista de 30 edifícios históricos que serão alvo de concessões a privados. Já se sabe que entre eles estão o Forte de São Pedro no Estoril e o quartel da Graça, por exemplo - e que o Forte de Peniche saiu definitivamente da lista.
Mário Soares está em "coma profundo", segundo o último boletim oficial do hospital da Cruz Vermelha. O ex-Presidente "não reage a estímulos externos”, mas “continua a respirar normalmente, sem qualquer apoio técnico". Hoje ao meio-dia haverá nova atualização do seu estado de saúde.
Morreu ontem José Silva Marques. Ex-líder parlamentar do PSD, foi militante comunista na clandestinidade e escreveu um livro sobre a sua passagem pelo PCP que vale a pena ler, Relatos da clandestinidade – O PCP visto por dentro. Passos Coelho lembrou o “brilhantismo” de Silva Marques e os seus “olhinhos pequeninos a brilharem, sempre que intervinha no parlamento”.
A nossa Opinião
Hoje, no Observador, Rui Ramos escreve sobre as políticas do BCE: "O BCE está a gerar na Europa uma espécie de subprime político, cuja ruptura, um dia, poderá precipitar a primeira grande viragem do século. A política do BCE é um risco maior do que o populismo."
João Marques de Almeida escreve a Mário Soares para lhe dizer "muito obrigado": "O senhor foi sempre um homem livre. Na minha opinião esteve muitas vezes errado. Mas foi sempre livre. Sempre admirei isso em si. E só os homens livres lutam pela liberdade com todas as suas forças."
Paulo de Almeida Sande escreve uma crónica de Natal: "Neste tempo e neste ano em que tantos artistas nos deixaram, devíamos prestar mais atenção à música e às palavras com que nos dizem, com que nos cantam, há tantos anos: 'Acordem'.”
José Conde Rodrigues escreve sobre "um outro Natal": "Celebrar o Natal é andar com a solenidade e espontaneidade dos que caminham descalços, mostrando que o que conseguem ver não é tudo; atentos ao silêncio como se ele fosse a única voz possível de Deus."
Tiago Duarte escreve "Guterres e os meus filhos": "Recebi com grande alegria a notícia da eleição de António Guterres para Secretário-Geral da ONU e aguardo ansiosamente o dia em que vai iniciar funções, para poder confirmar que a sua primeira medida será o envio de uma missão de paz a minha casa".
Os nossos Especiais
Startups? “Os investidores comportam-se em manada.” Paulo Soares de Pinho é diretor do The Lisbon MBA e dá uma entrevista à Ana Pimentel sobre o que podemos esperar de 2017. Fala sobre a Uber, sobre a Amazon e sobre a bolha que estamos a viver e que pode fazer com que o que se passou até 2008 pareça "uma brincadeira de crianças".
Notícias surpreendentes
Ontem escreveu-se muito sobre George Michael, mas há três textos do Observador que ainda vale a pena ler:
- Ana Markl escreve sobre "o direito ao luto": "Menos superioridade moral nas redes sociais permitir-nos-ia sofrer, sem culpa, mais pela morte de Prince do que pela morte de uma tia ou mais pelo Coro do Exército Vermelho do que pelo avô do nosso melhor amigo. Chorar como deve ser — consoante a empatia e o sentimento de perda."
- Bruno Vieira Amaral escreve "É melhor ser alegre do que ser triste": "Especulações e lamentos são inúteis porque, na realidade, artistas assim não nos devem nada, nem explicações, nem sequer mais música. Nós é que lhes devemos muito."
- Bruno Horta escreve "George Michael não é o cantor de 'Last Christmas'”: "Ícone de libertação, desalinhado de movimentos de defesa de minorias, levou à letra a máxima feminista da década de 1970: “O pessoal é político”. É preciso ouvir as canções dele. E reparar."
Está quase, está quase: faltam poucos dias para o final do ano e não me diga que ainda não fez planos. Se está indeciso, então clique aqui e escolha entre as 100 sugestões (sim, 100), de Norte a Sul, que a Sílvia Silva preparou para si. Há concertos, jantares e festas temáticas.
O Eurico de Barros juntou um júri unipessoal e elegeu os dez melhores filmes de 2016. Há escolhas dos Estados Unidos, da Europa e da China.
Outra lista: veja os 15 carros mais potentes e rápidos de 2016. Como se costuma dizer nestas ocasiões, aperte o cinto.
E agora chegou a vez daquele panda irresistível. A Marta Leite Ferreira escolheu as melhores fotos do ano sobre vida selvagem. Veja lá o que lhe parece.
Já com todos os balanços feitos, atire-se a mais esta terça-feira. No Observador, vai ter toda a informação atualizada e explicada ao longo do dia.
Até já!
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