A polícia turca deteve no sábado o gerente da cafetaria do um jornal da oposição Cumhuriyet, depois de alegadamente este ter dito que não serviria chá ao presidente Recep Tayyip Erdogan, caso algum dia visitasse o local.
De acordo com a Reuters, Senol Buran foi preso depois do segurança do jornal turco o ter ouvido usar um termo menos apropriado para descrever Erdogan e por ter dito ainda que não serviria chá ao presidente se ele alguma vez visitasse a cafetaria.
“A esse homem não lhe serviria nem uma chávena de chá“, terá dito o indivíduo, segundo relatou a polícia local.
O gerente da cafetaria admitiu ter dito que não serviria chá a Erdogan, mas nega ter insultado o presidente turco. No entanto, um juiz do tribunal criminal de Istambul ordenou a detenção de Buran até ao julgamento.
O advogado de Buran, Abbas Yalcin, afirma que as autoridades querem castigá-lo. “O caso ocorreu no sábado à tarde. Escreveram o relatório oficial às 11 horas. Esperaram até às 22 horas e Senol foi levado sob custódia com três veículos blindados e foi acompanhado por cerca de 10 agentes da unidade de contraterrorismo “.
O jornal Cumhuriyet é um dos jornais mais lidos no país e muito crítico do Governo de Ancara. Em novembro, dez funcionários do mesmo jornal foram presos por suspeita de prática de crimes em nome de militares curdos e de Fethullah Gulen, o homem que terá “ordenado” a alegada tentativa de golpe de Estado de 15 de julho.
Na Turquia, insultar o presidente é um crime punível com pena de prisão até quatro anos.
ZAP //
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