Raul Diniz, opinião
O candidato a cadeira presidencial João Lourenço fez insinuantes declarações completamente desfasadas da realidade. JL disse em público, que o MPLA fez muitas coisas, até aí tudo bem, mas, o gênio pseudo eloquente de JL fê-lo escorregar em direção a mentira explicita, quando declarou que o MPLA fez muitas coisas todas boas, e, ainda acrescentou sem modéstias que fará muitas mais coisas boas no seu consulado.
Fraude e Violência gratuita Contra Opositores São as Armas Para a Grande Família Vencer as Eleições
O MPLA traiu-nos a todos novamente. Afinal o MPLA não mudou nada, e o seu discurso alienado mesmo com João Lourenço afrente da campanha continua com o mesmo figurino, tudo na mesma. João Lourenço surpreende cada vez mais todos quantos expectavam nele a esperança da mudança. O MPLA traiu-nos, o novo cabeça de lista está de todo arrogante, petulante e irascível, JL quase nos dá cabeçadas, obriga até os distraídos a engolir sapos enormes com a veiculação de suas alegóricas atoardas falaciosas.
Sim é verdade, o MPLA fez coisas e desfê-las como quis e bem entendeu, roubou-nos a todos, enriqueceu a filharada, familiares e apaniguados nacionais e estrangeiros de JES e dos membros do MPLA. Fica cada vez mais estarrecedor ouvir os delirantes discursos de JL, candidato do MPLA as próximas eleições, essa lengalenga já não colhe.
Essa garantia de JL afirmar arrojadamente que no seu consolado realizará muitas coisas só boas, frauda as expectativas de termos eleições livres e democráticas em Angola.
É sintomático o crescente estado de medo visível dos atuais dirigentes do MPLA, nota-se que estão de todo assustadíssimos. Por outro lado, as palavras de João Lourenço não coincidem com a verdade objetiva dos factos. É verdade que o MPLA fez muitas coisas sim, mas, fê-las de modo totalmente errado, vai tudo muito mal em Angola e sobretudo nas hostes do MPLA, foram tantas as coisas horrendas feitas pelo MPLA, que nem de Judas Iscariotes se esperariam tais.
Angola pertence aos angolanos não é nem nunca foi propriedade do MPLA, e muito menos de bandidos da espécie de gente egocêntricas como Bornito de Sousa. Ninguém mais acredita nessa direção do MPLA, aliás todos não, desculpem-me, o meu amigo e companheiro de cadeia na casa da reclusão Vicente Pinto de Andrade acredita.
Vergastar angolanos nesses tempos por se manifestarem contra a permanência de Bornito de Sousa como regente do senso eleitoral é inacreditável, sobretudo por recair sobre ele a acusação pertinente de ser o incrementador da fraude eleitoral em marcha. Agir desta maneira contra o exercício da cidadania não é mais admissível. Camarada JL por favor vão, vão se embora isso assim não pôde ser.
A ditadura está em pleno movimento contra a pretensão daqueles cidadãos que reclamam o direito ao exercício da cidadania defendido constitucionalmente, violentar e atacar pacíficos cidadãos civis, que pretendem apenas manifestar-se contra o partido no poder há 41 anos, no mínimo é caricato, principalmente para quem afirma existir em Angola o estado de direito democrático livremente implementado.
Esse regime parece ter os dias contados, os arautos defensores do regime devem estar pasmos e preocupados com a violência gratuita exercida contra os jovens que apenas reivindicam o direito de não querer que as eleições sejam manipuladas como estão a ser. Infelizmente os verdugos de Cassule, Kamulingue, Ganga M’flupinga Lando Victor dentre outros, não conhecem exercício normativo do direito à cidadania. É importante que o estado de polícia seja morto e enterrado. Não se pôde reivindicar a existência de democracia onde impera o estado de polícia, onde costumeiramente se tortura o pobre e pacifico cidadão, sem motivo algum aparente.
Fica até ridículo assistir as invenções de julgamentos sistêmicos regados de acusações disformes de golpes de estado, num país onde não se respeita os direitos civis. Só para que conste, em Angola não existe o requisito de tolerância política, quem é contra o regime é considerado inimigo do MPLA. É preciso lembrar sempre que Angola é tão somente o país mais militarizado e policiado do terceiro mundo africano.
Permito-me aqui aludir as mentes dopadas dos dirigentes do regime despótico, sobretudo aqueles que se julgam intocáveis, que em política o que vale hoje pôde não valer nada amanhã. Quero com isso preventivamente dar conhecer os ditadores mirins em construção na nossa terra, que Angola tem dono, e o dono não se chama Bornito de Sousa.
Por outro lado, saibam que, o cidadão angolano cresceu, e cresceu muito em termos de inteligência, e hoje, entende e sabe muito bem quem é quem. Camaradas, ganhar eleições na imprensa e com pareceres e visitas de cidadãos bajuladores estrangeiros é fácil, e fraudando as eleições ainda se torna mais fácil.
Aos cidadãos da minha geração peço-lhes que tenham consciente paciência, e entendam que, estamos a descontextualizar o processo de democratização do país, e essencialmente a diminuir o ímpeto de integração do povo na sociedade que pretendemos seja futuramente bem-sucedida. Realizar eleições não dá o direito ao nosso candidato de se pavonear em passeatas, nem de realizar comícios e manifestações em todo lugar na terra que é de todos nós. E aos demais cidadãos restar-lhes a violência gratuita, como a porrada com barras de ferro, e com direito mordidelas de cães etc.…
Afinal que razão plausível e/ou que direitos especiais tem a gloriosa família MPELISTA, na qual se juntou o meu camarada Vicente Pinto de Andrade, para se movimentar livremente, realizar comícios e manifestações em todo país, como quiser e bem entender? Afinal democracia significa elitismo disfuncional?
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