A
operadora de TV por satélite adianta apenas que a SIC Notícias e a
SIC Internacional "já não fazem parte do pacote distribuído
pela Zap devido a uma mudança da grelha de difusão dos programas",
mantendo outros canais da estação de Carnaxide.
LUSA e
PÚBLICO
14
de Março de 2017, 21:02
A
operadora de televisão por satélite angolana Zap, da empresária
Isabel dos Santos, interrompeu a difusão dos canais SIC
Internacional e SIC Notícias nos mercados de Angola e Moçambique,
decisão à qual a SIC "é alheia".
De
acordo com a agência noticiosa AFP, a difusão dos dois canais
portugueses foi suspensa esta terça-feira, depois de recentemente
terem divulgado reportagens críticas ao regime de Luanda.
Contactada
pela Lusa, fonte oficial da estação de Carnaxide disse que "a
SIC é alheia à decisão da retirada da SIC Internacional e SIC
Notícias da plataforma de distribuição Zap em Angola e
Moçambique".
"Esta
distribuidora continuará a exibir os canais SIC Radical, SIC Mulher,
SIC K e SIC Caras em exclusivo para os mercados angolano e
moçambicano", adiantou a mesma fonte, acrescentando que "os
dois canais [SIC Internacional e SIC Notícias] podem continuar a ser
vistos na DStv em Angola e Moçambique e na StarTimes em Moçambique".
Contactada
pela AFP, António Miguel, representante da Zap, adiantou que os dois
canais — SIC Notícias e SIC Internacional — "já não
fazem parte do pacote distribuído pela Zap devido a uma mudança da
grelha de difusão dos programas".
O
responsável não adiantou mais explicações para esta decisão.
O
semanário angolano Novo
Jornal,
que noticiou esta manhã a suspensão dos canais de notícias da SIC
da grelha da Zap, relaciona o ocorrido com a transmissão, nos
últimos meses, de reportagens críticas sobre a situação de
Angola.
No
final de Fevereiro, a SIC transmitiu a grande reportagem Assalto
ao Castelo,
que revelava no seu terceiro episódio que “angolanos politicamente
expostos” ao poder de José Eduardo dos Santos investiram no GES
através do Dubai.
Em
Novembro do ano passado, a SIC transmitiu a grande reportagem Angola,
um país rico com 20 milhões de pobres,
onde mostrava as contradições sociais do país, que se manteve
“líder nos índices de mortalidade infantil” e “onde as
manifestações são reprimidas e os activistas presos”.
A
operadora Nos detém 30% da Zap, sendo o restante capital detido pela
Sociedade de Investimentos e Participações, da empresária angolana
Isabel dos Santos. A Zap iniciou a sua actividade no mercado angolano
em abril de 2010 e é actualmente
a maior operadora de TV por satélite em
Angola.
Comentário: cada vez faz mais sentido o lema do litoral Centro.
J. Carlos
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