A confusão é a nota predominante na presente situação nacional, delicada e incerta.
Os desvãos corruptos e sujos do projeto de poder lulo-petista estão hoje escancarados diante da Nação.
Cifras bilionárias foram desviadas do erário público, em sofisticados esquemas, com a colaboração de empresários inescrupulosos, que viram seus negócios florescerem numa relação espúria e umbilical com o poder político.
Em nome da “defesa dos pobres”, essas somas irrigaram, aqui e no exterior, os mecanismos de imposição e consolidação do chamado “socialismo do século XXI”, além de terem comprado consciências e subvencionado oportunistas de todos os calibres.
Cumplicidades e complacências
Mas o lulo-petismo contou para seus intentos malignos com a complacência e até a cumplicidade de boa parte do mundo político(inclusive com elementos destacados da chamada “oposição”); não foram apenas parlamentares comprados, mas partidos inteiros “adquiridos”; parte substantiva da imprensa deu seu contributo também ao projeto de poder lulista; inúmeros eclesiásticos (por vezes na surdina) o inspiraram e sustentaram; e a manipulação inescrupulosa da propaganda conquistou muitos desavisados.
As instituições, inclusive a Justiça em seus mais altos órgãos, foram vilipendiadas; foi prostituída a representatividade do regime dito democrático; e a legítima prosperidade econômica, prejudicada.
Abalo sísmico salutar
Um sobressalto salutar, de dimensões imprevistas, levou às ruas de todo o País, por mais de uma vez, milhões de brasileiros. Em manifestações multitudinárias e pacíficas, eles pediam seu País de volta e proclamavam que sua bandeira jamais seria vermelha.
Esse lento mas convicto despertar causou um abalo sísmico e derrubou parte considerável do edifício político-institucional, com destaque para o lulo-petismo, inclusive com o impeachment. Mas a derrocada prossegue.
Nessa derrocada todas as forças parecem querer amparar-se e preocupam-se apenas com o “salve-se quem puder”.
Qual o rumo das presentes encenações?
No momento em que os acontecimentos parecem encaminhar o País para uma eleição indireta para um mandato presidencial tampão — mais um fator complicador da crise — os conchavos são públicos e desavergonhados: forças opostas se conluiam; nos tribunais superiores a aplicação das leis é anunciada à medida do freguês (do réu); os cálculos políticos parecem só visar o livramento dos malfeitores; os que mataram a democracia representativa, como Lula, são chamados por gurus, como FHC, para “salvar” a política; os diversos nomes que circulam para um novo governo parecem ter como única credencial ser inimigos da Lava-Jato; e os “movimentos sociais”, gozando de estranha impunidade, alimentados por clérigos de esquerda, milícias sindicais e políticos inescrupulosos, parecem estar dispostos a “incendiar o País”.
Com estas encenações, para que novos rumos pretendem levar o Brasil os atores da tragicomédia oficial?
E os espectadores? Estes parecem estar com um profundo asco diante de tudo o que se passa e se trama. Desconfiados, eles procuram meios de reagir a tanta incoerência.
Ontem, hoje e sempre
Nos dias que correm, alguns jactam-se de ter antevisto uma situação complexa com uma ou duas semanas de antecedência; outros, com um dois meses; e alguns outros, com um ou dois anos.
E o que dizer de um artigo escrito, há precisamente 80 anos, que parece descrever na sua essência a crise presente? (*)
Quem é capaz de discernir as sinuosidades da alma humana, dissecar as entranhas do jogo político, perscrutar os bastidores do mundo dirigente, este sabe guiar-se na confusão, ontem, hoje e sempre
Convido-os, pois, a ler um artigo publicado por Plinio Corrêa de Oliveira, no jornal “O Legionário”, precisamente em 30 de maio de 1937, sob o título “A solução Mariana”. Notar-se-á que seu texto parece uma descrição dos dias que correm. Ele encontra-se disponível no seguinte link:
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