David Dinis, Director
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Bom dia!
Hoje estamos felizes: o publico.pt mudou de cara: está mais rápido, mais bonito (acreditamos nós), mais organizado. Aqui fica uma síntese do que temos de novo para si. Estamos contentes, sim, mas também curiosos: quando tiver uns minutos, diga-nos o que achou, pode ser?
Agora sigo em frente para, as notícias desta noite:
Uma vitória curta de Merkel deixou a Alemanha na incerteza. A noite eleitoral teve duas surpresas e um choque: a descida do partido de Merkel; o resultado mais baixo da história dos socialistas; e a subida da extrema-direita a 3º maior partido do Bundestag. Agora, a coligação nunca antes tentada, CDU/CSU com os Liberais e os Verdes, parece a única hipótese para a chanceler formar Governo. O que pode resultar daqui é uma incógnita total.
Na análise aos resultados, a Teresa de Sousa deixa as primeiras pistas sobre o que aconteceu: o centro mal aguentou, as tensões internas vão aumentar, a Europa vai ter de esperar para ver. Já o Rui Tavares, olha para "a Jamaica da Europa" (a coligação que pode vir aí) e o Diogo, no Editorial, para o medo que venceu outra vez.
Macron sofreu um primeiro revés eleitoral: a vitória dos republicanos nas eleições parciais para o Senado não impedirá o governo de funcionar, mas pode complicar algumas das reformas com que Macron prometeu "modernizar" a França.
A Administração Trump alargou as restrições de entrada nos EUA, a países como a Venezuela, Coreia do Norte, Chade, Líbia, Síria, Iémen e Somália. "Não vamos admitir a entrada no nosso país daqueles que não podemos fiscalizar",justificou o Presidente. Mas a sua última grande batalha está a ser com a... NFL e a NBA.
No Público hoje
As autárquicas são uma batalha onde nem todos podem jogar com as mesmas armas. No terreno, a Liliana Valente foi testemunha de como a liberdade de Costa em campanha termina onde começam as câmaras do PCP; enquanto a Maria Lopes viu Jerónimo nos calcanhares do PS, sem hesitações, prometendo... férias e habitação. Diferente é a estratégia do Bloco, que tenta a multiplicação da "geringonça" (até com o PCP). Na guerra à direita, Cristas atirou ao ministro... da Defesa. Enquanto Passos chamou outro general, em modo de autodefesa: "Tem estado na moda bater no PPD/PSD”, disse Santana.
Estas eleições são pretexto para, aqui no PÚBLICO, olharmos cinco desafios dos autarcas. Começando pelo da mobilidade. Nas cidades inteligentes vamos saber a quantas andamos, explica o João Pedro Pereira, que nos mostra como vai mudar a cidade com os carros eléctricos, a partilha de veículos, a Internet e a inteligência artificial. E os candidatos, o que dizem? Que querem metro, metro, metro.
Ontem, o dia acabou marcado por uma notícia triste: morreu D. Manuel Martins, o “bispo vermelho”. Durante os 23 anos em que foi bispo de Setúbal, denunciou o desemprego, a fome, o trabalho infantil, a vida em barracas. Mas nunca deixou de ser uma voz incómoda. O funeral é na terça-feira.
Mudo de assunto, virando até à manchete de hoje: o Instituto da Água arrasou a entrega das barragens à EDP sem concurso público. A decisão em causa é de Manuel Pinho, quando era ministro da Economia. Os protestos foram em vão e o parecer ignorado, conta a Ana Brito.
Ontem já aqui lhe tínhamos falado de outro caso de alta tensão: a corrida ao lítio em Portugal já se transformou num caso de polícia.
Para baixar a tensão, no Negócios, vemos mais uma cedência para vender o Novo Banco: Carlos Costa parece disposto a dar aos bancos preferência na compra de activos depois da venda ao Lone Star.
Na Justiça, a situação é de impasse: os procuradores não avançam para a greve - mas avisam que podem vir a fazê-lo se ninguém ligar aos seus pedidos, ali mais perto da entrega do Orçamento. Pelo meio, Centeno tem 16 exigências da esquerda à espera de resposta.
Hoje, o Governo tem uma boa notícia para dar: a vacina gratuita contra a gripe estende-se a diabéticos e bombeiros.
Paragem obrigatória
Estas são as leituras mais desenvolvidas da nossa edição de hoje:
1. O referendo curdo pode fazer explodir o Iraque. O povo curdo tem um sonho secular: ter um estado independente. Mas a consulta popular convocada para hoje, contra todos os seus aliados, não torna a ambição mais próxima, pode sim desestabilizar mais a região. A Clara Barata explica porquê - com a ajuda do João Ruela Ribeiro, que nos conta como o motor da independência trabalha a petróleo.
2. Cristóvão Colombo terá sido um corsário português chamado Pedro Ataíde? Uma equipa de investigadores do Instituto Superior Técnico de Lisboa e da Universidade de Coimbra vai realizar exames ao ADN de esqueletos que estão num túmulo de uma quinta em Vila Franca de Xira. A análise vai esclarecer se vamos ter que mudar muitos, mesmo muitos, livros de história.
3. Charles Bradley, a mais injusta das mortes. O génio da soul apareceu-nos tarde e partiu cedo de mais. Esperou uma vida inteira para chegar à música e deixou-nos clássicos imediatos. Em cada canção encontramos a sua paixão, a sua sabedoria e, acima de tudo, o seu perdão. A nossa homenagem foi escrita pelo João Bonifácio.
4. "A boa notícia é que, no longo prazo, todos tendemos para a igualdade. A má notícia é que o longo prazo demora 300 anos". O que pode um apelido contar-nos sobre mobilidade social? Muito, conclui o economista escocês Gregory Clark, que vem a Lisboa falar sobre os resultados desconcertantes do estudo que fez de centenas de milhões de apelidos ao longo de cinco séculos. A Barbara Reis falou com ele.
5. Em metade do país, nunca se celebrou um casamento gay. A migração da população LGBT para os grandes centros urbanos, a invisibilidade desta comunidade em alguns territórios do país e a vergonha que ainda persiste em assumir uma relação homossexual ajudam a explicar. Mas há surpresas nesta lista, um bom exemplo de jornalismo de dados - aqui pela mão da Rita Marques Costa.
O dia à nossa frente
A campanha autárquica entra na recta final, mas António Costa volta à pele de primeiro-ministro: hoje vai a Coimbra discutir os investimentos públicos pós 2020. Também hoje teremos dados sobre a a Ordem dos Médicos faz uma reunião geral, para fazer um ponto de situação sobre as negociações com o Governo, no dia em que a DGS anuncia o novo plano de vacinação.
Lá por fora, começa uma nova ronda negocial sobre o Brexit, depois de Theresa May ter pedido um período de transição de dois anos. Termina também a 72.ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, precisamente no dia em que os curdos são chamados a um referendo de independência.
A fechar, deixo-lhe ainda esta recomendação do Miguel Esteves Cardoso: para felicitar a vinda do Outono, o melhor é aprender a aperfeiçoar o cocktail mais outonal que há: o Manhattan.
Brindemos, então. A um dia feliz e produtivo.
Até já!
Até já!
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