A Câmara Municipal de Cantanhede acaba de criar uma conta solidária para apoio às vítimas dos incêndios ocorridos no concelho de Cantanhede nos dias 15 e 16 de outubro. Os donativos podem ser depositados,através de transferência bancária, na conta número 029323343, com o NIB: 0045 3020 40293233431 12, IBAN: PT50 0045 3020 4029 3233 4311 2 e SWIFT/BIC: CCCMPTPL, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira, CRL. Designada Cantanhede, Concelho Solidário faz parte de uma campanha que visa criar uma cadeia de solidariedade para auxiliar as famílias que perderam bens nos fogos florestais do último fim-de-semana.
Esta é uma medida que surge na sequência do trabalho que os serviços técnicos de ação social da Câmara Municipal estão a realizar no terreno para facultar a essas famílias algum suporte para superarem as dificuldades. Isto numa altura em que a líder do executivo camarário, Helena Teodósio,tem vindo a participar nos encontros com membros do Governo e outras entidades, no sentido de obter orientações sobre o modo de acionar os apoios governamentais existentes para atender a diferentes situações.Entretanto, a autarquia já criou uma equipa multidisciplinar que tem como atribuição específica a operacionalização das ações tendentes a colmatar os danos causados pelos incêndios.
No que diz respeito às ajudas destinadas a suprir a carência de alimentação animal, elas serão armazenadas em instalações cedidas para o feito pela Cooperativa Agrícola da Tocha.
A última atualização do levantamento que a Câmara Municipal tem vindo a realizar nas freguesias afetadas, designadamente Tocha, S. Caetano e Corticeiro de Cima, aponta para seis mil hectares de floresta queimada, casas ardidas e também anexos e outras construções de apoio, além de várias outras habitações bastante danificadas. Ao nível da base económica, houve avultados prejuízos, o mais relevante dos quais foi a destruição de uma unidade industrial que empregava 140 trabalhadores na Zona Industrial da Tocha, estimando-se que as perdas, só neste caso, se situem os 22 e os 25 milhões de euros. Por outro lado, há registo de uma oficina de automóveis integralmente consumida pelas chamas e explorações pecuárias devastadas, incluindo instalações destruídas,a perda de stocks de produtos agrícolas e a morte de várias dezenas animais, bem como máquinas agrícolas e inúmeras colmeias ardidas.
Finalmente, quanto a infraestruturas e equipamentos municipais, estão contabilizados em 560 mil euros de prejuízos, nomeadamente ao nível da rede viária, espaços e recintos públicos e do sistema de distribuição de água, entre outros aspetos.
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