David Dinis, Director
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Bom dia!
Respire fundo, está mesmo a chegar ao fim.
Vamos começar por aqui:
Merkel e Schulz começam a acertar um Bloco Central. Depois de uma noite de negociações longas, CDU e SPD fecharam um pré-acordo para avançar nas negociações, depois de 111 dias sem Governo. Faltam ainda negociações e o acordo dos dois partidos, diz a notícia de última hora do El Pais que estamos a actualizar.
Trump usou esta expressão: "Shithole countries". Numa reunião bipartidária, o Presidente americano afirmou que a América não deve receber imigrantes de países assim qualificados, nomeadamente do Haiti e de África. Já da Noruega, ele acha que está bem. A reunião com os democratas acabou, para já, sem acordo sobre as novas regras, diz o Washington Post.
O presidente dos EUA recusou ir a Londres por recear protestos em massa. A inauguração da nova embaixada norte-americana na capital britânica, em Fevereiro, será feita pelo chefe da diplomacia.
Farage apelou a um segundo referendo pelo Brexit. E, com esse apelo, o antigo líder do UKIP deixou os "remainers" numa certa expectativa - e o partido de Theresa May perante o receio de que não haja consenso sobre o acordo de saída que venha a ser alcançado, diz o The Guardian.
O Facebook vai dar-nos menos notícias. Mark Zuckerberg anunciou que prefere privilegiar "as interacções entre as pessoas".
O Porto acelerou no Minho em direcção ao Jamor. Os "dragões" apuraram-se para as meias-finais da Taça de Portugal, onde terão não um, mas dois clássicos marcados com o Sporting.
O que marca o dia
O final da campanha do PSD, começando pela entrevista de Santana Lopes ao PÚBLICO e Renascença. Que passa por uma resposta a Rui Rio ("não quero pôr ninguém na ordem"), por uma ideia concreta (requalificar os professores que estão "em excesso") e por esta garantia, à pergunta sobre se esta será a sua última batalha: "Enquanto Deus quiser, hei-de ser sempre um combatente".
Santana que ganhou ontem o apoio de um ex-quase-candidato (Luís Montenegro), que acabou o último debate na sombra de um apoiante e que passará o último dia com o fantasma de uma sondagem que mostra uma vantagem considerável para Rui Rio. Amanhã é o dia D, de directas, mas antes deixo-lhe um vídeo nosso bem divertido com a pergunta que se impõe: é mais o que os une do que aquilo que os separa?
A nova vida de Centeno. O ministro das Finanças será, a partir de hoje, presidente do Eurogrupo. Momento certo para o Sérgio Aníbal lhe traçar o perfil e medir as circunstâncias: afinal, como é que ele chegou lá? Eu, no Editorial, deixo-lhe esta pergunta: "Mário, preparado?".
Os resultados na Educação - e o que nos dizem eles. Diz-nos a Clara Viana que as raparigas estão cada vez mais à frente dos rapazes nas notas (título que faz a nossa manchete de hoje). E que há mais alunos com sucesso - mas ainda são a minoria.
Na saúde, há dois dados a reter: não é a epidemia de gripe que está a encher as urgências; e há profissionais a trocar hospitais por centros de saúde (diz o DN)...
... Assim como um impasse: a cannabis para fins medicinais pode ser uma realidade, mas não já.
Na Justiça, já se conhece o pacto. A Ana Henriques fez-nos o favor de sintetizar tudo em dez pontos, depois de destacar o que é mais novo: declarar dívidas de condomínio na venda de imóveis pode passar a ser obrigatório.
Na guerra dos CTT há uma novidade: o regulador decidiu apertar as regras à empresa que tem a concessão dos correios. Do outro lado estão os trabalhadores, que chumbaram o fecho das 22 lojas, acrescenta o ECO.
Na Caixa, os jovens perderam um privilégio: as comissões com isenção vão acabar, garante o Negócios.
Na TAP, a novidade já era esperada: Fernando Pinto está de saída (ele que só não resistiu à privatização, como conta o Luis Villalobos). Quanto ao seu sucessor, a prova de que quem manda é mesmo Neeleman e os chineses, já está de olho na bolsa.
O carvão das minas do Pejão ainda está a arder. Desde os incêndios de 15 de Outubro que os resíduos das antigas minas do Pejão ardem a céu aberto e a olho nu, e nos dias de chuva sente-se ainda mais a nuvem de fumo. Direcção-geral de Energia e Geologia fala em “curiosidade geológica”. População de Pedorido reclama que já chega do cheiro a enxofre. A reportagem é da Luísa Pinto e do Adriano Miranda.
Para descansar
1. Três filmes para escolher. Só entre as estreias desta semana, não faltam opções: entre o muito falado Três Cartazes à Beira da Estrada (aprovado pelo Luís Miguel Oliveira), o singapuriano Pop Aye (que o Jorge Mourinha diz ter "um elefante no meio da estrada", mas em bom) e o britânico A Hora Mais Negra (sobre Churchill e aquele momento que define um grande político), eu já escolhi a que sala vou primeiro.
2. Livros, tirados das prateleiras de Nova Iorque. A Isabel Lucas acaba de voltar da Big Apple e chegou com uma pergunta para nós: "Em que mundo vivemos, segundo os livros que vamos encontrando numa ronda pelas livrarias da cidade que dita o que se lê no Ocidente?" A resposta é simples: um mundo tumultuoso. O roteiro está aqui.
3. O teatro recebe os nossos melhores humoristas. Marco Martins não passa a mão pelo pêlo de Nuno Lopes, Miguel Guilherme, Bruno Nogueira, Luísa Cruz e Rita Cabaço sem lhes remexer nas feridas e sem os expor nas suas fragilidades. Arregaça as mangas e entra com cada um nas suas experiências mais dolorosas e humilhantes. Como diz o Gonçalo Frota, "esta noite eles são tão frágeis — mas não quebram".
4. Música clássica, entre discos, tendências e situações. No ípsilon, o Augusto M. Seabra mostra-se inconformado com as listas dos melhores do ano passado: "Importa, além dos destaques, uma reflexão devidamente filtrada também pela reaudição dos discos e os eventuais nexos que nalguns casos se tecem". Façamos pois, ainda, o rewind de 2017.
A agenda do dia
Jeroen Dijsselbloem passa a chave do Eurogrupo a Mário Centeno, em Paris, ao final da manhã. Os agentes da Justiça entregam o pacto a Marcelo ao início da tarde. E o PSD põe um ponto final na campanha das directas já noite fora - com Rui Rio em Gaia e Santana Lopes na Maia.
Lá por fora, termina a CES Las Vegas, a maior feira mundial para tecnologia de consumo. Há eleições presidenciais na República Checa - testando as relações com a UE. E, na Alemanha, a CDU e o SPD reúnem as respectivas direcções, para avaliar o resultados das negociações para formar um "bloco central" (mas Merkel não parece muito optimista).
Cumprida a volta pelas notícias do dia, deixo-lhe ainda uma volta ao mundo: aos 27 anos, Sal visitou todos os países do planeta. Todos (que inveja!).
Eu claramente terei que reservar o fim-de-semana por umas voltas na actualidade. Que quiser ir passando por cá, gostamos sempre da companhia.
Um dia bom, um fim-de-semana feliz.
Até segunda!
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