David Dinis, Director
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Viva! Vamos a um dia bom?
Eis as primeiras notícias:
O congresso deu três semanas a Trump. Um acordo de último minuto reabriu a torneira do financiamento do Governo americano. Mas obriga a novas negociações já nos próximos dias - e sobre as mesmas matérias sensíveis, explica o New York Times. A batalha, portanto, ainda não acabou.
Trump aumentou as taxas de importação. Num sinal de que o "America First" voltou à agenda, o presidente começa por taxar... produtos solares e as máquinas de lavar. Os maiores prejudicados serão a China e Coreia do Sul.
Uma erupção vulcânica deixou uma estância de esqui isolada. A erupção, seguida de uma avalancha, aconteceu no Japão, deixando um morto e 12 feridos.
A Netflix bateu recordes e expectativas: no último trimestre de 2017 ganhou 8,2 milhões de subscritores, passando os 100 mil milhões de capitalização em bolsa.Stranger things? Not really.
As estrelas não escaparam às nomeações para os piores do ano. Na lista dos chamados Razzies, conhecida esta noite, encontramos Tom Cruise, Russel Crowe, Jennifer Lawrence, Anthony Hopkins e Javier Bardem. Beat that, mister Oscar!
O que marca o dia
Hoje trago-lhe uma boa nova - e começo precisamente por ela: o PÚBLICO volta, a partir de agora, a ter uma correspondente em Bruxelas. É um regresso que também é um compromisso. Nosso, consigo - como eu explico no Editorial do dia.
Sorte a nossa, que a Rita chegou a Bruxelas no dia em que só saíram boa notícias. Boas notícias para Mário Centeno, que conduziu a sua primeira reunião como presidente do Eurogrupo, boas também para Portugal - na fórmula 'Centeno elogia Centeno' -, assim como para a Grécia, que inesperadamente passou a sua terceira avaliação. Foi um dia cheio de adjectivos e incentivos. É como começa a reportagem da Rita por lá: “Bravo, Mário".
Esta noite, Costa tranquilizou a esquerda: “Quando se está bem acompanhado, não se muda de companhia”, disse o líder socialista no primeiro discurso depois da eleição de Rui Rio à frente do PSD. Mas recebeu um alerta de Ferro Rodrigues: "Não pensem em eleições". Acontece que já há quem pense nas próximas.
Se a ideia é ir pela esquerda, aí está um bom teste: um grupo de figuras de esquerda pede o fim de taxas moderadoras e mais verbas para o SNS. O que lhes dirá o primeiro-ministro?
No PSD, Rui Rio susteve a respiração. E decidiu que o líder da bancada vai a exame em dois debates com o primeiro-ministro.
Ontem, o suspeito da Operação Fizz teve um desabafo: “Tinha de ser o mais estúpido do mundo para ser corrompido assim”, disse o procurador Orlando Figueira, apontado o dedo mesmo assim a Carlos Silva (vice do BCP) e Proença de Carvalho. No fim do primeiro dia do julgamento, os juízes separam o processo de Manuel Vicente, mas não o enviaram para Luanda. Mesmo assim, garante o DN, houve sorrisos em Luanda. E hoje António Costa falará com João Lourenço sobre o caso, no território neutro de Davos.
E a Altice deixou sair um suspiro de alívio: a compra da TVI não foi vetada, vai agora a "análise aprofundada" da Autoridade da Concorrência.
Já a SIC, continuou entre o céu e o inferno: o seu polémico Supernanny foi o programa mais visto de domingo; foi também defendido por Júlia Pinheiro, dizendo que os pais “foram devidamente alertados”; mas acabou arrasado pela Ordem dos Advogados. Agora, está em risco de procedimento criminal, diz o DN.
Mas há mais notícias a registar hoje:
Os consumidores pouparam um milhão com queixas à DECO. É ainda sobre as telecomunicações que se registam mais queixas, mas a única subida foi agora nos transportes, anota a Rosa Soares.
Os presidentes de junta não estão felizes com a descentralização prometida, anota o Abel Coentrão.
Boas leituras
Dia a dia, fazemos tudo para lhe acrescentar leituras, audições, vídeos. Não interessam os formatos, interessa o que fica. Hoje deixo-lhe estas três histórias, para lhe encher o dia:
1. Jessica Bennett é a primeira editora de Género do 'New York Times'. Chegou com o caso Weinstein e hoje pensa o #MeToo todos os dias. Quer diversificar as vozes nas notícias, aplicar a "lente de género" à actualidade e sobretudo chegar às mulheres, às leitoras. Com uma certeza: as histórias de assédio nunca mais vão deixar de ser ouvidas.
2. O homem que cria máquinas para perceber a humanidade. Hiroshi Ishiguro é um académico japonês que criou vários andróides - robôs sofisticados que se assemelham fisicamente a humanos. Entre eles estão uma réplica de si próprio e uma recepcionista chamada Erica, descrita pelo criador como o andróide “mais lindo e inteligente”. Não é uma loucura, nem um capricho estético, garante ele. Porque há muitas situações em que é útil ter robôs com os quais as pessoas se sentem à vontade. A próxima meta dele é ainda mais ambiciosa: a consciência artificial.
3. Amor a dois. Calma, vai correr tudo bem. Agora esqueça as máquinas e siga as vozes do Nástio Mosquito e do Vítor Belanciano. As palavras são deles: "Não surpreende que existam tantas pessoas a desiludir-se ou a culpabilizar-se, vendo as suas expectativas defraudadas. As relações são por norma complexas, exigindo perseverança, o que muitas vezes não se compadece com as elaborações sociais ou culturais que nos são incutidas desde cedo. Talvez seja preciso criar outro guião para o amor. Ou não." O podcast Catinga, hoje, é sobre o amor romântico. Como merecemos.
A agenda de hoje
Depois do Eurogrupo, Mário Centeno vai ao ECOFIN - mas os olhos do mundo económico já estarão noutro lugar: em Davos, onde começa o Fórum Económico Mundial - o primeiro em muitos anos que receberá o presidente dos EUA, aquele onde António Costa se encontrará hoje com o Presidente de Angola.
Nós por cá teremos outros focos de atenção. Começando pela Autoeuropa (será desta que há fumo branco das negociações?), passando pelas jornadas parlamentares do PS (transparência, prometem eles) e por Braga, onde começa a"final four" da Taça da Liga (um Setúbal-Oliveirense, que serve de aperitivo ao clássico de amanhã, o Sporting-Porto).
Daqui a pouco ficaremos presos a outro clássico: o anúncio dos nomeados para os Óscares, lá em Hollywood. É já daqui a nada, pela hora de almoço, com uma certa "fascinação" - como na música da Elis, que ontem me salvou o dia.
Hoje é outro. Que seja feliz, o seu. E produtivo.
Até já, até amanhã!
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