quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

As boas notícias, as más e aquelas que já esperávamos

P
 
 
Enquanto Dormia
 
Diogo Queiroz de Andrade, Director adjunto
 

Olá bom dia.
Nem sempre é possível, mas hoje é, por isso vamos já directos para uma boa notícia: Portugal está no pelotão da frente nas taxas de sobrevivência a cancros, com melhorias na taxa de sobrevivência a cinco anos na maior parte dos tumores malignos, como conta a Alexandra Campos.
Passamos à manchete desta manhã: a comemoração hoje do primeiro ano do mandato do presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, fica marcada por mais um aumento de comissões bancárias que vai chegar a muitos jovens e a empresas com operações no estrangeiro – as contas são todas, como de costume, da Rosa Soares, que tem uma calculadora certeira.
E a Liliana Valente conta como o ministro Eduardo Cabrita decidiu dar um murro na mesa e alterar unilateralmente o contrato com a operadora do SIRESP de forma a reforçar com 451 antenas as zonas de risco – isto apesar de o Ministério da Administração Interna ainda não ter assegurado a substituição do último helicóptero Kamov que devia estar em uso.
O caso da semana é o processo que envolve Rui Rangel e que teve mais alguns desenvolvimentos com os resultados das buscas de ontem, como mostra o trabalho continuado da Mariana Oliveira e da Ana Henriques – que hoje terá continuidade graças aos primeiros interrogatórios.
Continuando na actualidade, vale a pena estar atento à entrevista de Jerónimo de Sousa – que deixa recados ao PS sobre a impossibilidade de governar bem com o apoio da esquerda e da direita.
E esta nota: no Irão, o futuro continua a teimar querer ser presente. A Maria João Guimarães conta que algumas mulheres estão a desafiar a obrigatoriedade do uso do hijab, colocando-o num pau e exibindo-o em público, num protesto que até já tem o apoio de alguns homens. Sobre este tema não deixe também de ler o editorial do Amílcar Correia sobre a independência do Ministério Público.
Dentro do capítulo “notícias óbvias e coisas que já sabíamos”, há três notas a reter: a Agência do Ambiente confirmou que a poluição no Tejo veio de uma empresa de pasta de papel e que o nível de celulose cinco mil vezes acima do normal não podia ser fruto do acaso; e o sindicato dos procuradores vai lançar uma história do Ministério Público em que assume que o período Sócrates-Pinto Monteiro foi o mais negro da justiça, devido à cumplicidade entre poder político e juízes para proteger os mais poderosos; a Formula 1 acho que se calhar já era hora de deixar de ter meninas com pouca roupa a enfeitar as grelhas de partida das corridas.
Para aliviar os olhos, sugiro a fotogaleria da Super-Lua de muitas cores que cruzou o nosso planeta na penúltima madrugada e que deu origem a um belo espectáculo. E para aliviar os ouvidos sigo o conselho do Nuno Pacheco, que recomenda vivamente o novo trabalho de Cremilda Madeira, que é mais uma extraordinária cabo-verdiana num país que não para de revelar talentos musicais de alto nível. Uma última proposta: se puder, compre o Público e o livro que vem com ele hoje: a Quarta Revolução Industrial é um trabalho da autoria do fundador do Fórum Económico Mundial que funciona como um alerta para todas as mudanças tecnológicas, científicas e sociais que estão a acontecer no mundo.
Amanhã vamos ter muita matéria para lançar o fim de semana – e também o incontornável ípsilon. Até lá, já sabe: estamos aqui.

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