sexta-feira, 6 de abril de 2018

Lula recusa entregar-se à Polícia Federal em Curitiba

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Em declarações ao jornal Folha de São Paulo, o ex-Presidente brasileiro revela que decidiu não se entregar à Polícia Federal em Curitiba. Segundo a decisão do juiz Sérgio Moro, Lula da Silva tem até às 17h00 desta sexta-feira (21h00 em Lisboa) para se entregar voluntariamente às autoridades.

Numa conversa telefónica com o jornal, o antigo Chefe de Estado e ex-líder do Partido dos Trabalhadores afirmou que não irá para Curitiba entregar-se à Polícia Federal, como determinou o juiz Sérgio Moro. Ao jornal, Lula garantiu que está "tranquilo e bem disposto".

Segundo o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, também citado pela Folha, "uma viagem do ex-Presidente a Curitiba teria dificuldades de logística e de segurança, especialmente depois da decisão de Moro de bloquear as contas" de Lula.

O antigo Presidente está também a aguardar o resultado de um novo pedido de habeas corpus feito pela defesa, onde é pedido que possa aguardar julgamento em liberdade, desta vez dirigido ao Superior Tribunal de Justiça.

A defesa de Lula da Silva tinha inicialmente apresentado um habeas corpus junto do Supremo Tribunal Federal (STF) que foi recusado na quarta-feira pela maioria dos 11 juízes do tribunal.

Lula da Silva passou a noite no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, na companhia dos filhos, amigos e responsáveis petistas. Caso se recuse a apresentar-se voluntariamente à polícia, em São Paulo, prevê-se que as autoridades se dirigam ao sindicato, onde dezenas de militantes prometem dificultar a ordem de detenção.

O antigo chefe de Estado brasileiro foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4, segunda instância) em janeiro.

A prisão do antigo Chefe de Estado está relacionada com um dos processos da Operação Lava Jato, o maior escândalo de corrupção do Brasil. Lula foi condenado por ter recebido um apartamento de luxo como suborno da construtora OAS em troca de favorecer contratos com a petrolífera estatal Petrobras.

A execução provisória da pena não deverá impedir juridicamente a candidatura presidencial de Lula da Silva, à frente nas sondagens para as eleições de outubro.

Lusa

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