sábado, 12 de maio de 2018

Novo campeão marca o ponto, e o recorde, na cabeça de Marcano

FC Porto chegou aos 88 pontos de bola parada; Vitória SC não soube ser feliz na primeira parte.

Um golo de cabeça do espanhol Marcano valeu este sábado ao FC Porto um triunfo em casa do Vitória de Guimarães e um culminar vitorioso dos dragões na época 2017/18 da I Liga, que termina com a conquista do 28º título de campeão da equipa azul e branca, a par ainda de ter obtido o melhor registo pontual do FC Porto num campeonato, com 88 pontos, igualando a pontuação obtida pelo Benfica, em 2015/16. Um objetivo que Sérgio Conceição disse na véspera que os dragões procuravam para este jogo.
Um triunfo do FC Porto que não merece contestação. Num jogo típico de fim de temporada, jogado a um ritmo baixo e com poucas oportunidades de golo, e com o título conquistado na jornada anterior, o FC Porto foi sempre a melhor equipa, a que mais atacou, a que mais rematou, a que teve mais posse de bola. O golo dos dragões acabaria por nascer num lance de bola parada, uma das mais-valias desta equipa. Alex Telles, de livre, cruzou para o cruzamento certeiro de Marcano que, na zona de penálti, cabeceou de forma letal para o fundo da baliza de Miguel Silva. Foi a 13ª assistência de Telles neste campeonato, quinto golo do defesa central portista nesta época na I Liga, ele que poderá ter feito o último jogo com a camisola dos dragões, já que está em final de contrato e tem muito mercado.
O Vitória de Guimarães fez, sobretudo uma boa primeira parte, e poderia ter sido feliz. A equipa vimaranense teve duas oportunidades claras de marcar, mas faltou eficácia a Rafael Martins e Wakaso para baterem Vaná. No reatamento, a equipa de Peseiro esteve menos atrevida, surgiu mais encolhida em campo e acabou surpreendida num lance de bola parada. Os vimaranenses terminam uma época que não correu de feição. Falharam o acesso à Europa e podem ainda cair para o 9º lugar caso o Boavista vença este sábado o Belenenses, no Bessa.
Com o título já conquistado, Sérgio Conceição fez seis alterações em relação ao triunfo frente ao Feirense. Vaná (que juntamente com Fabiano, que entraria na segunda parte, sagrou-se campeão), Maxi Pereira, Felipe, Corona, Óliver e Gonçalo Paciência foram as novidades. Do outro lado, Peseiro não podia contar com Hurtado, que se lesionou no último treino, tendo sido Rafael Miranda que substitui o peruano. João Afonso rendeu Pedrão, tal como se perspetivava. Nos primeiros minutos, o espírito de jogo de fim de temporada pairou no Castelo. Jogou-se muito a meio-campo, em ritmo baixo, com o Vitória de Guimarães em 4x2x3x1 contra o habitual 4x4x2 do FC Porto, com Marega e Paciência na frente de ataque. O FC Porto esteve mais dominador mas, como já foi referido, as melhores chances de golo foram do Vitória SC, não finalizadas da melhor maneira por Rafael Martins e Wakaso, respetivamente.
O FC Porto foi para o intervalo em alerta. Faltava maior agressividade no ataque e o Vitória SC estava vivo na partida, mas os primeiros minutos do segundo tempo deixaram a indicação de que os portistas estavam diferentes, para melhor. A circulação de bola aumentou, os lances de profundidade começaram a surgir com mais frequência, embora a habitual eficácia no último terço revelada pelo FC Porto ao longo do campeonato, desta vez, ficou na gaveta. E seria de bola parada que o FC Porto chegaria à vitória e aos tão desejados 88 pontos, num lance em que o cruzamento de régua e esquadro de Alex Telles e o sentido de oportunidade de Marcano fizeram a diferença.
Bancada

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