O presidente do Sporting garantiu que não vai marcar presença na Assembleia Geral e afirmou que existem juízes "que vestem outras causas".
"Não vou à Assembleia. Fiz uma proposta que era acabarmos com os processos, quer fossem disciplinares ou jurídicos, e a Assembleia, amanhã, seria o Conselho Diretivo em funções, a Mesa da Assembleia Geral seria ele (Jaime Marta Soares) e o Conselho de Fiscalização seriam três pessoas escolhidas por ele e três pessoas escolhidas por mim. Os sportinguistas não merecem o que está a acontecer. Não posso ir porque os estatutos são claros: as pessoas que não são sócios não podem ir. Dado que não sou sócio não posso ir", atirou em declarações à RTP3.
Bruno defende que estatutos não foram cumpridos
O presidente do Sporting garantiu ainda que nenhum notário certificou votos e que, por consequência, os estatutos não foram cumpridos: "Tenho pena que todos os órgãos, que para mim são ilegais, nos tenham suspendido para não irmos à Assembleia que nunca foi para se realizar. Está ferida de ilegalidades. O notário validou os votos que ele tinha nas assinaturas, eu digo que é impossível. O que conta não são assinaturas, são os votos. Porque é que ele não deu o nome do notário? Porque ele iria dizer que não validou. Não há notário. Estes votos não existem."
"A paciência de toda a gente tem limites. Ele (Marta Soares) demitiu-se, foi público, disse que o Conselho Fiscal foi demitido e apelou à nossa demissão. Tinha 45 dias para marcar as eleições e não o fez. Incumpriu os estatutos. O que a lei diz é que o Conselho Diretivo tem a obrigação e o dever de zelar pelos superiores valores do Sporting. Criei uma figura que existe, que é uma comissão transitória, para marcar uma Assembleia Geral para dar voz aos associados e uma assembleia geral para as eleições para a mesa e o Conselho Diretivo", explicou.
Acusa juízes de interesses
Bruno de Carvalho deixou ainda algumas acusações aos juízes das providências cautelares.
"As providências cautelares que colocámos... arrisco-me a dizer que foram todas indeferidas. Vou assumir que o Sporting está sob assalto. (...) Percebi que existem juízes (das providências cautelares) que vestem outras causas que não a causa da Justiça e tenho pena de dizer isto enquanto português", começou por dizer.
"Não acha estranho que uma pessoa que não tenha razão nenhuma convide para um combate na televisão do clube e não apareça ninguém? Eu sei o que me estão a preparar para amanhã, vai valer de tudo", acusou o líder dos leões.
Ou Bruno ou Jaime
"Como Marta Soares não acedeu ao meu apelo para fazermos uma Assembleia digna, vou dizer isto: se (...) eu for destituído, nunca mais ponho os pés no Sporting. Se for votada a não destituição, se os sportinguistas não fizerem com que Marta Soares e as comissões tirem as consequências politicas e desapareçam do Sporting, (...) eu ganho a Assembleia e volto a não pôr os pés no Sporting e proíbo a entrada deles até que os sportinguistas decidam o que fazer com ele. Se os sócios decidirem que ficamos nós, em questão de duas, três semanas recuperamos o que Marta Soares fez perder", assegurou.
Exige mudança nos boletins de voto
Na Assembleia Geral deste sábado, com início marcado para as 14 horas, os sócios do Sporting vão poder responder "sim", "não" ou "abstenção" à frase "Revogação coletiva, com justa causa, do mandato dos membros do Conselho Diretivo". Bruno de Carvalho discorda da formulação, defendendo que a mesma pode induzir em erro os sócios.
"O Conselho Diretivo pediu, a bem dos sportinguistas, que as respostas não fossem apenas sim, não ou abstenção, mas que fosse "Sim (significa a saída do Conselho Diretivo)", "Não (significa a continuidade)". Jaime Marta Soares embirrou com a palavra significa e está a fazer uma fita. Acho lamentável", concluiu.
Antes da entrevista a Bruno de Carvalho, Marta Soartes tinha dito, à TVI, que a Assembleia Geral "está em perigo", mas esclareceu que vai fazer tudo para levar avante a reunião, ainda que tenha de aceitar a "chantagem" de Bruno de Carvalho.
Fonte: JN
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