Os 15
estabelecimentos escolares do Município de Cantanhede envolvidos no
Programa Eco-Escolas acabam de ser distinguidos com a Bandeira Verde
atribuída pela Associação Bandeira Azul da Europa. À semelhança
de anos anteriores, o concelho destacou-se pelo elevado número de
instituições de diversos graus de ensino galardoadas em função
dos projetos de educação ambiental que desenvolveram, tendo sido o
primeiro da Região Centro a esse nível, situando-se nos
30 primeiros a nível nacional, entre um total de 219 autarquias.
As insígnias foram entregues no decurso da Gala das Bandeiras Verdes
Eco-escolas, evento que assinalou o início das comemorações dos 20
anos do programa em Portugal e que decorreu em Pombal, no passado dia
4 de outubro, com a presença da secretária de Estado do
Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza,
Célia Ramos, e de representantes das diversas
comunidades educativas
que participaram no programa.
A
Câmara Municipal Cantanhede, enquanto entidade parceira no
desenvolvimento da iniciativa, recebeu o Certificado de Município
Parceiro, que foi entregue ao vice-presidente da edilidade
cantanhedense, Pedro Cardoso. A acompanhar o autarca na cerimónia
estiveram responsáveis, professores, educadores, alunos técnicos de
IPSS’s e do Município que participaram no desenvolvimento dos
projetos que estiveram na base da atribuição da Bandeira Verde.
Destinado
a todos os graus de ensino, do pré-escolar ao superior, o
Eco-Escolas é um programa internacional operacionalizado através de
uma metodologia inspirada nos princípios da Agenda 21 local, visando
garantir a participação das crianças e jovens na tomada de
decisões, envolvendo-os
assim na construção de uma escola e de uma comunidade mais
sustentáveis. O galardão resulta ainda da avaliação da qualidade
de implementação da metodologia internacional “seven steps”,
integrando este trabalho de forma implícita ou explicita na
estratégia de educação para a cidadania da escola.
A secretária
de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da
Natureza, Célia Ramos apelou “a um compromisso coletivo para
preservar o ambiente e salvar o planeta, a “nossa
Casa comum” é uma tarefa de todos, um compromisso coletivo, na
certeza de que quem tem de ser salvo somos nós".
Célia Ramos,
que falou no âmbito do Dia das Bandeiras Verdes de 2018, na entrega
dos galardões Eco-Escolas, e pediu "um
compromisso de todos",
sublinhando que o “ambiente não
é uma responsabilidade exclusiva de ninguém.
A ação não é exclusiva do
Governo, de intelectuais, de organizações não-governamentais, das
escolas, de entidades da administração central, das câmaras, das
pessoas... O ambiente tem de ser um compromisso de todos",
alertando ainda que "o vigor
do planeta Terra é fundamental, mas com homens e mulheres ou sem
eles, a Terra vai continuar o seu percurso. Ao tomarmos conta do
planeta, estamos a tomar conta de nós".
Já Pedro
Cardoso realçou a enorme participação das escolas do concelho de
Cantanhede destacando
“a importância deste
programa nas escolas enquanto projeto educativo, que privilegia a
Educação Ambiental como uma dimensão fundamental da educação
para a cidadania, implicando assim que sejam mais interventivos,
críticos e responsáveis. Este programa é uma forma de induzir
estratégias de intervenção na comunidade, baseadas na
identificação de problemas e na busca de soluções que visem um
dia-a-dia mais sustentável”,
sublinhando ainda que “uma
Eco-Escola é um agente de mudança, promotor de mais cidadania, e a
consciencialização de que preservar o ambiente e salvar o planeta,
a “nossa Casa comum” é uma tarefa de todos, uma responsabilidade
de cada um, um compromisso coletivo”.
Segundo o
vice-presidente do executivo cantanhedense, atribuiu o mérito dos
resultados alcançados “ao
extraordinário trabalho dos
alunos, professores e educadores, que realizaram em torno de questões
que estão no cerne de uma verdadeira consciência ecológica.
Congratulamo-nos com a resposta
qualificada que os agentes educativos têm dado a este e outros
desafios na promoção dos valores do desenvolvimento sustentável
num processo que merece o mais vivo reconhecimento de todos quantos
estão identificados com a causa da preservação do ambiente e a
sustentabilidade dos recursos. E estou certo que para o ano podemos
continuar a contar com a participação empenhada destas e de outras
equipas neste ambicioso projeto das Eco-Escolas”.
Pedro Cardoso
salientou ainda a importância que este Programa assume para o
desenvolvimento das comunidades envolvidas, devido à sua
transversalidade enquanto promotor de cidadania ativa, destacando-se
“como referencial de Educação
Ambiental convergindo no perfil do aluno à saída da Escolaridade
Obrigatória. Este programa assenta também num conjunto
diversificado de iniciativas em rede, sob a forma de projetos,
desafios e concursos, nos quais as escolas se inscrevem ou aderem”.
Na edição
correspondente ao ano letivo 2017/2018, do Concelho de Cantanhede
foram distinguidas EB de Balsas,
EB/JI de Febres, EB de Covões, EB de Corticeiro de Cima, JI de
Corticeiro de Cima, EB/JI de Vilamar, EB/JI de S. Caetano, EB 2,3
Carlos de Oliveira, em Febres (Agrupamento de Escolas Lima de Faria
), a EB/JI da Tocha, a EB2,3 João Garcia Bacelar, na Tocha, a EB1 de
Sanguinheira e a EB1 de Gesteira (Agrupamento de Escolas Gândara-Mar)
e EB de Cantanhede-Sul (Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva),
bem como alguns estabelecimentos de ensino não agrupados,
designadamente a Escola Técnico Profissional de Cantanhede e a
PRODECO – Centro Social de Covões.
Relativamente
ao ano letivo em curso, o Município de Cantanhede e as Eco-Escolas
já iniciaram a sua atividade tendo algumas das Eco-Escolas
intervenientes manifestado interesse em se manterem na edição de
2018/2019.
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