Com os objetivos de preparar a época turística que se avizinha e fortalecer a relação de proximidade com as empresas do setor, a Câmara de Lagos promoveu uma reunião que juntou autarcas, representantes das forças de segurança, da Saúde (ACES Barlavento/Centro de Saúde de Lagos) e da ALGAR e muitos dos empresários com negócios de alojamento turístico, restauração e bebidas e animação turística que operam no concelho.
No decorrer da sessão, o Município apresentou o trabalho que tem levado a cabo em diferentes frentes para que a época turística corra da melhor forma. A par disso, o Executivo quis também ouvir os empresários, perceber as suas expetativas e preocupações, para, em diálogo e num espírito de parceria, ser mais fácil minimizar as dificuldades e o impacto da chamada “pegada turística”.
Paulo Jorge Reis, Vereador com a área da Proteção Civil e Comandante dos Bombeiros Voluntários de Lagos, apresentou o trabalho feito no âmbito da prevenção dos fogos, que remonta a 2006, data em que se iniciaram as ações de conservação do espaço rural no âmbito do Plano Florestal da Associação de Municípios Terras do Infante e criaram as equipas de Sapadores, então constituídas apenas por três efetivos em cada município.
Hoje existem quatro equipas (duas em Aljezur, uma em Lagos e uma em Vila do Bispo), cada uma delas dotadas de cinco vigilantes. O autarca deu a conhecer os recursos de viaturas e maquinaria afetos a esta atividade, utilizados nos trabalhos de prevenção estrutural realizados durante o inverno (manutenção de faixas), a que se segue a prevenção operacional (consistindo em vigilância ativa) com início a 1 de junho, concluindo que “naquilo que é a prevenção o trabalho de casa foi feito, esperando-se agora que as condições meteorológicas também ajudem”.
A gestão do centro histórico, a ocupação indevida da via pública, a circulação e estacionamento automóvel abusivos, a regulação da animação de rua, a limpeza das praias, as acessibilidades viárias, o tratamento dos espaços verdes, o estado das rotundas situadas nos principais acessos à cidade, a manutenção dos passeios e espaço público, a Taxa Turística, o licenciamento e a fiscalização das unidades de Alojamento Local, a recolha de resíduos sólidos e de recicláveis e a limpeza urbana, foram os temas que mais suscitaram o debate, com o Município a informar sobre as medidas que tomou ou irá implementar para melhorar o nível de desempenho nestas áreas.
A este propósito, a presidente da autarquia, Joaquina Matos, recordou que só recentemente, com a retoma da economia e a recuperação financeira do Município, foi possível perspetivar novamente a realização de obras há muito necessárias como a Reabilitação da Estrada Municipal entre as Quatro-Estradas e a Vila da Luz, cujo lançamento da empreitada foi agora publicado em Diário da República, o arranjo da Estrada da Meia Praia e a requalificação das Ruínas dos Balneários Romanos da Luz, mas também de outras obras que, não contribuindo diretamente para a atratividade turística do concelho, consomem importantes recursos financeiros, como sejam a construção da nova Escola EB1 + JI da Luz.
No que respeita às verbas resultantes da implementação da Taxa Turística, a presidente informou que serão destinadas a intervenções que contribuam para minimizar a pegada turística, estando a ser discutida em 2019 para entrar em vigor, em termos de cobrança, em 2020.
Em resposta às críticas feitas sobre a falta de manutenção do espaço público, Luis Bandarra recordou que o Município tomou a decisão de não permitir a aplicação de herbicidas, em benefício da saúde dos cidadãos e do ambiente, o que torna mais difícil controlar as ervas infestantes. O vereador deu ainda conta de outras ações que foram realizadas ou estão previstas em matéria de higiene urbana e proteção ambiental, como sejam: o reforço de papeleiras no centro histórico; o reforço com uma viatura do serviço de recolha de resíduos verdes (restos de jardins); a campanha de sensibilização sobre os resíduos que será feita porta-a-porta no centro histórico, na 2.ª quinzena de junho; e a campanha de sensibilização ambiental “O mar começa aqui”.
As forças de segurança anunciaram, também, as medidas que estão previstas na época alta, com a PSP a informar que existirá um reforço de meios através da vinda do corpo de intervenção já a partir de 15 de junho. A GNR, por seu turno, vai também ver reforçado o seu dispositivo com patrulhas montadas e o acolhimento de estagiários.
Relativamente à Polícia Marítima o dispositivo para a época balnear será semelhante ao dos anos anteriores, estando previsto um esforço acrescido de fiscalização na zona dos passeios marítimo-turísticos e uma sensibilização para a cooperação entre os operadores privados, de modo a garantir que haja espaço para todos e evitar acidentes.
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