O
papel
das algas marinhas na redução das emissões de metano
(gás de efeito estufa muito mais perigoso do que o CO2), através da
sua aplicação na alimentação de animais, contribuindo
para a resolução de um dos principais problemas relacionados com os
produtores de leite e de carne bovina,
é um dos temas abordado no livro “Seaweeds as Plant Fertilizer,
Agricultural Biostimulants and Animal Fodder" (Algas como
fertilizantes, bioestimulantes agrícolas e forragens para animais,
em tradução livre), que vai para as bancas amanhã, dia 25
de outubro.
Um
dos coordenadores da edição da obra (e também coautor de um
capítulo) é Leonel
Pereira,
docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra (FCTUC) e investigador do Centro de Ciências do Mar e do
Ambiente (MARE).
O
livro, que é publicado pela CRC
Press
do Taylor
and Francis Group
(USA), surge no âmbito do projeto INTERREG – NASPA (Natural
fungicides against air & soil borne pathogens in the Atlantic
Area), focado em criar alternativas naturais aos fertilizantes e
agroquímicos sintéticos usados na agricultura atualmente.
Ao
longo de 12 capítulos, da autoria de cientistas de várias
nacionalidades, o livro explora «a
utilização de algas e extratos de algas como estimulantes de uso
agrícola, reguladores de crescimento de plantas agrícolas extraídos
de algas e protetores das plantas contra pragas (fungos, insetos,
etc.), bem como o uso de algas na alimentação de animais,
nomeadamente na alimentação de gado bovino para a redução das
emissões de metano; o uso de algas na produção de rações para a
aquacultura de peixes, entre outras aplicações»,
relata o especialista em algas marinhas da FCTUC.
A
obra, apesar de conter fundamentos científicos, «está
escrita e ilustrada de modo a que qualquer público a possa ler,
inclusivamente os jovens agricultores de todo o mundo»,
nota Leonel Pereira.
Dependendo
da espécie, do habitat e de condições como temperatura da água,
intensidade da luz e concentração de nutrientes na água, as algas
possuem ótimas características para fins muito diversos.
Cristina
Pinto
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