Ao início da noite, o dique que ameaçou ruir logo ao início da tarde deste domingo colapsou mesmo. A água começou a passar por cima do dique. Trabalhos de reforço continuam para evitar que zona baixa da vila de Montemor-o-Velho não seja inundada.
O dique do leito periférico direito do rio Mondego colapsou mesmo, o que se temia desde o início da tarde deste domingo, ocorreu pelas 22.00.
A informação foi confirmada pelo presidente da autarquia, Emílio Torrão, que desde sábado acompanha todos os trabalhos da proteção civil na região.
O autarca referiu aos jornalistas ter já informado o ministro do Ambiente sobre a situação, dando conta de que os trabalhos de reforço deste dique e de um outro, onde houve também uma rutura, vão continuar e são agora a prioridade.
O objetivo é evitar que as águas subam e inundem a zona baixa da vila de Montemor-o-Velho, explicou o autarca. Neste momento, aquilo que há a fazer é avaliar e monitorizar as duas situações de rutura para se as águas subirem se tomarem decisões sobre o que fazer.
Emílio Torrão referiu ainda que, por agora, "a situação está estável", não havendo necessidade de se "proceder à evacuação de mais populações".
Desde o início da tarde que a Autoridade Nacional da Proteção Civil definiu como prioridade os trabalhos de reforço do dique do leito periférico direito do rio Mondego, em Montemor-o-Velho, oposto àquele onde este domingo foi identificado um aluimento de terras, para evitar que a infraestrutura possa colapsar.
"O que estamos a fazer é criar um mecanismo de defesa na margem oposta [àquela onde foi identificado o deslizamento de terras], criar ali um mecanismo de defesa, de resistência, através de pedra, através de tela e de `bigbags´ [sacos] de areia. Que já estão no terreno, já estamos a começar a por alguns", explicava Carlos Luís Tavares, Comandante Operacional Distrital (CODIS) de Coimbra.
A intervenção, que começou a meio da tarde e que se irá prolongar durante a noite, pretende defender a vila da inundação. Em conferência de imprensa, Carlos Luís Tavares reafirmou a existência de uma situação de aluimento do talude da margem esquerda do leito periférico direito do rio Mondego, um aluimento de terra que está a "preocupar" as autoridades.
O CODIS de Coimbra aludiu ainda a "outra escorrência", a jusante de Montemor-o-Velho, referindo, no entanto, que esta "não é tão preocupante".
Contudo, ao início da tarde a rotura iminente do dique obrigou à evacuação da zona baixa da localidade do Casal Novo do Rio.
A autarquia alertou a população sobre a zona suscetível a cheias na vila de Montemor-o-Velho e aconselhou que acautelassem os seus bens e os seus animais, protejendo-se ainda com uma muda de roupa, medicação e documentos de identificação para a eventual necessidade de, em caso de emergência, ser necessário evacuar as zonas sensíveis.
Lusa / DN
Foto: Paulo Novais / EPA
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