A
Câmara Municipal de Leiria iniciou um programa de controlo
preventivo de pombos nas áreas urbanas, constituído por ações de
controlo das populações de pombos bem como ações de informação
e sensibilização dos munícipes.
Os
pombos são aves que se adaptam bem nas áreas urbanas e com as quais
nos habituámos a conviver no nosso dia-a-dia. No entanto, esta
convivência pode tornar-se problemática quando as populações de
pombos se reproduzem descontroladamente, transformando-se numa praga
urbana com consequências nefastas para a saúde pública, ambiente e
património.
Este
aumento das populações de pombos nas áreas urbanas deve-se,
essencialmente, a três fatores, nomeadamente a disposição na via
pública de alimento e água e desta forma os pombos não têm
necessidade de procurar o seu próprio alimento; a existência de
abrigos e locais propícios à nidificação, nomeadamente em calhas
e algerozes, terraços, varandas, forros de telhado, que não são
devidamente limpos ou cuidados, e a inexistência de predadores
naturais nas áreas urbanas, tais como répteis, aves de rapina e
outros.
Todos
estes fatores reunidos levam a que os pombos, em vez de terem duas a
três ninhadas por ano (o habitual em habitat natural), passem a ter,
nas áreas urbanas, quatro a cinco ninhadas por ano.
Consequência
para a saúde pública, ambiente e património
Os
aspetos mais visíveis e nefastos deste aumento exagerado do número
de pombos são:
·A
sujidade provocada pelos dejetos e penas nos espaços públicos e
habitações;
·A
degradação do património devido à acidez da fezes que corroem
estruturas;
·O
entupimento de calhas algerozes e degradação de monumentos e
habitações, devido ao elevado grau de acidez das suas fezes;
·Os
pombos podem transmitir várias doenças e parasitas aos outros
animais e também ao Homem, nomeadamente, tuberculose, criptococose,
salmonelose, dermatites, gastroenterites, toxoplasmose, carraças,
pulgas, entre outras.
Como
podemos prevenir?
A
convivência entre pombos e humanos nas áreas urbanas poderá ser
harmoniosa se conseguirmos manter o equilíbrio ecológico, sendo
que, para tal, a reprodução dos pombos terá de ser controlada.
Assim, solicita-se também aos munícipes que tomem medidas de
prevenção, protegendo simultaneamente as suas habitações, a saúde
pública e o ambiente, nomeadamente:
·Limpar
regularmente algerozes, calhas, terraços, varandas e forros de
telhado dos seus prédios, em especial nos meses de março a julho e
em setembro, de forma a remover dejetos, restos de ninhos, penas e
ovos, prevenindo entupimentos. Esta limpeza deverá ser realizada com
algumas precauções como o humedecimento das poeiras antes de as
remover e a utilização de luvas e de máscara ou de um pano
humedecido a proteger a boca e o nariz;
·Não
alimentar os pombos, uma vez que eles têm capacidade para procurar o
seu próprio alimento.
·Chamar
a atenção de quem os alimenta;
·Colocar
diversos tipos de redes, vedando o acesso dos pombos aos possíveis
locais de poiso e nidificação;
·Colocar
hastes, espículas ou fios de nylon (ou de pesca) esticados a 10 cm
da superfície e presos nas pontas, em beirais, terraços e outras
superfícies de poiso, afastando, assim, os pombos;
·Aplicar
pastas ou géis repelentes nos parapeitos ou outras superfícies dos
edifícios - estes produtos químicos causam uma ligeira sensação
de calor e irritação nas patas das aves e inibem o seu poiso;
·Utilizar
figuras de aves predadores dos pombos, como falcões, águias ou
outras aves de rapina, que funcionam como espantalhos, ou objetos de
cor brilhante ou refletores da luz solar, que causam incómodo visual
aos pombos.
·Solicita-se
ainda que informe a Câmara Municipal, caso tenha conhecimento de
edifícios abandonados ou zonas onde existam comunidades de pombos.
Para
contrariar esta situação a Autarquia conta com a colaboração de
todos, pelo que para mais informações ou esclarecimento de
quaisquer dúvidas, poderá ser contactada a Divisão de Saúde e
Proteção Animal da Câmara Municipal, através do tel. 244 838 500,
ou do email: cmleiria@cm-leiria.pt .
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