O Presidente da Guiné-Bissau Jose Mário Vaz deu posse no início da tarde desta sexta-feira, 27, a Baciro Dja como novo primeiro-ministro, nove meses depois de o mesmo ter sido obrigado a renunciar ao cargo por imposição do Supremo Tribunal de Justiça.
Ao intervir, o novo chefe do Executivo guineense reiterou que “a legitimidade do Governo decorre de uma maioria parlamentar e da responsabilidade perante o Presidente da República. Sem estas duas condições não há o regular funcionamento das instituições".
O antigo ministro e deputado dissidente do PAIGC, membro do chamado grupo dos 15 que em Dezembro votou contra o programa do Executivo de Carlos Correia, reconheceu que o PAIGC venceu as eleições de 2014, mas reiterou que "as dinâmicas posteriores ditaram uma nova configuração parlamentar" deixando o partido "impossibilitado de apresentar uma solução capaz de suportar o Governo".
Ao mesmo tempo, diz, "emergiu uma solução e a "oportuna interpretação do Presidente da República".
Por sua vez,José Mário Vaz considerou o dia "inesquecível" e justificou a sua decisão com o facto de que "só a segunda força mais votada no âmbito da dinâmica parlamentar" conseguiu ultrapassar o "bloqueio" na Assembleia Nacional Popular.
O Presidente da República demitiu o Governo de Carlos Correia na semana passada por, segundo justificou, não ter apoio parlamentar.
José Mário Vaz convidou o PRS que indicou Baciro Dja para formar o quarto Governo da Guiné-Bissau em 10 meses.
Entretanto, os membros do Executivo demitido encontram-se no Palácio do Governo e dizem que não vão sair de lá por não reconhecerem o novo primeiro-ministro.
Voz da América
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