sexta-feira, 27 de maio de 2016

Acordo entre colégios e Governo? Próximo ano poderá ser de transição com cortes mais ligeiros

Presidente da República terá procurado obter uma posição de equilíbrio de forma a que ambas as partes possam salvar a face, não tendo nenhum deles um ganho total.
O Governo pode estar a ponderar adiar por um ano a plena aplicação dos cortes nos colégios com contratos de associação. A informação foi apurada pela Renascençajunto de várias fontes que têm acompanhado a polémica.
O encontro desta quinta-feira entre representantes dos colégios e o Presidente da República correu bem e deixou algumas portas em aberto. Ao que a Renascenca apurou, Marcelo Rebelo de Sousa promoveu um encontro entre os representantes dos estabelecimentos de ensino com os seus assessores para a área da educação e garantiu que está ainda a procura de soluções de consenso, que não deixem o governo perder a face, mas que possibilitem a hipótese de haver uma margem de manobra para os colégios afectados.
Em cima da mesa poderá estar a ideia de o próximo poder ser ainda um ano de transição, em que o corte das turmas seja aligeirado e em que os colégios possam negociar com o executivo uma solução de consenso.
Desta forma os dois lados poderiam salvar a face, não tendo nenhum deles um ganho total. Para um entendimento tem contribuído também as pressões de autarcas de todo o país, muitos deles socialistas, que têm feito sentir junto do governo à sua insatisfação com a forma precipitada como estas decisões foram anunciadas no final do ano, causando problemas graves nos municípios em ano de autárquicas
Ao que a Renascença apurou, ainda há contactos entre as escolas e o Governo, mas uma solução definitiva dependerá do impacto da manifestação de apoio aos colégios, agendada para 29 de Maio.
O movimento das escolas garante que terá nas ruas entre 20 e 25 mil pessoas, entre as quais muitos autarcas, alguns deles do Partido Socialista, que têm acompanhado os colégios na contestação.
"É sempre bom ouvir e informar-me"
O Presidente da República evitou esta madrugada, em Ílhavo, falar sobre o encontro que teve com o movimento "Defesa da Escola Ponto".
O movimento entregou na tarde de quinta-feira a Marcelo Rebelo de Sousa um parecer do constitucionalista Vieira de Andrade, que aponta a ilegalidade da decisão do Ministério da Educação de reduzir no próximo ano lectivo o número de turmas de início de ciclo - 5.º, 7.º e 10.º anos de escolaridade - com contrato de associação.
Instado a falar sobre o encontro, o Presidente da República limitou-se a dizer: "É sempre bom ouvir e informar-me".
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas em declarações à margem da inauguração do Museu da Vista Alegre, em Ílhavo.
Antes da cerimónia, o Chefe de Estado participou numa missa presidida pelo arcebispo primaz de Braga, Jorge Ortiga, concelebrada pelo bispo de Aveiro, António Ramos, na renovada Capela da Vista Alegre.
No seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a homilia que ouviu na celebração eucarística e falou sobre os "grandes desafios do presente e do futuro próximo de Portugal", dizendo que é preciso "conjugar o pão material com o pão espiritual".
Fonte: rr.sapo.pt

Comentário: quem quer privado que pague do seu bolso. O dinheiro dos contribuintes não deve servir para sustentar privados como tem vindo a acontecer. PSD E CDS batem palmas ao assistir a esta embrulhada.
Os alunos estão a ser usados como escudo para se manteremos os benefícios que na minha opinião nunca deviam ter sido atribuídos. Os meus filhos estudaram nas escolas públicas e bem, sempre tiveram excelentes professores. O subsidio-dependência para quase tudo e mais alguma coisa dá nisto.
J. Carlos

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