sexta-feira, 27 de maio de 2016

OBAMA FAZ VISITA HISTÓRICA A HIROSHIMA (MAS NÃO PEDE DESCULPA PELA BOMBA ATÓMICA)


 
Kimimasa Mayama / POOL / EPA
Presidente Barack Obama com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Hiroshima
Presidente Barack Obama com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Hiroshima
Barack Obama é o primeiro presidente norte-americano em funções a visitar a cidade japonesa desde o ataque nuclear de agosto de 1945.
O Presidente Barack Obama está esta sexta-feira de visita à cidade de Hiroshima, no Japão, naquela que é a primeira visita de um líder norte-americano em funções desde o ataque nuclear durante a II Guerra Mundial.
Acompanhado pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, Obama visitou, em primeiro lugar, o Hiroshima Peace Memorial Museum e só depois se dirigiu até ao Peace Memorial Park, escreve a BBC.
Tal como já era esperado, o líder norte-americano, em funções até ao próximo mês de novembro, não pediu desculpa pelo ataque mas lembrou que a memória do dia 6 de agosto de 1945 nunca deve desaparecer.
Durante a visita, Obama conheceu e falou com vários sobreviventes do ataque nuclear e apelou a todas as nações para que lutem por um mundo sem armas nucleares.
“A morte caiu do céu e o mundo mudou”, afirmou Obama sobre o dia fatídico, considerando que o ataque mostrou que “a humanidade mostrou a capacidade de se destruir a si mesma”.
O chefe de Estado americano relembrou que a aliança entre os EUA e o Japão é “uma das mais fortes do mundo”, sendo “a prova de que até mesmo as divisões mais dolorosas podem ser superadas”.
“As nossas duas nações, antigas adversárias, puderam tornar-se não só parceiras como são também grandes amigas e uma das alianças mais fortes”, afirmou.
Pelo menos 140 mil pessoas morreram em agosto de 1945 em Hiroshima, naquele que foi o primeiro ataque com uma bomba atómica. Dois dias depois, seguiu-se o ataque em Nagasaki, que provocou a morte de outras 74 mil pessoas.
A visita acontece na sequência da cimeira do G7 que durante o dia de ontem reuniu, em Sendai, os líderes das sete maiores economias mundiais.
ZAP

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