Luis Dufaur (*) | ||
Fiéis se amarram ao Cruzeiro para tentar impedir a demolição
Mas a tarefa do anticristianismo não está sendo fácil. Os fiéis redobraram seu fervor e protagonizam verdadeiras batalhas campais em defesa dos Cruzeiros. Por toda parte eles montam vigilância e organizam a resistência. Quando chegaram os demolidores da igreja de Sanjiang, na periferia de Wenzhou, os celulares dos fiéis começaram a tocar. A fúria socialista só se assanha contra os cristãos. Os templos budistas das redondezas não foram atingidos e até um deles está sendo ampliado. Paganismo e comunismo no fundo são filhos do mesmo pai da mentira. O jornal oficial “Global Times” anunciou que a campanha ateia durará mais três anos, sob o pretexto de “embelezar” a província e eliminar prédios que violam as normas de segurança. A verdade é que na China toda os cristãos superam largamente o número dos adeptos do Partido Comunista. Wenzhou tem nove milhões de habitantes e construiu mais de duas mil igrejas. O fato paradoxal é que ela havia sido escolhida por Mao Tsé-tung, fundador do comunismo chinês, para sediar em 1958 a “experiência” de uma “zona ateia” onde foram fechados ou confiscados todos os templos na Revolução Cultural de 1966-76. O matutino oficial “Global Times” reconheceu em 2015 a “surpresa” do “explosivo aumento” do Cristianismo. “As igrejas [de Zhenjiang] – acrescentou farisaicamente – são muito grandes, têm cruzes exageradas. Os não crentes não se sentem cômodos”. O governo socialista também prendeu clérigos e advogados que foram à “Jerusalém da China” para assessorar os fiéis.
A igreja católica de Zhejiang, província de Wenzhou, demolida pelo regime.
No fundo grande quadro estragado do Sagrado Coração de Jesus
( * ) Luis Dufaur é escritor, jornalista, conferencista de política internacional e colaborador da ABIM
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quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Chineses defendem a Cruz
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