quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Greve de seguranças pode afetar voos nos aeroportos nacionais

A greve ao trabalho suplementar dos trabalhadores da Prosegur e Securitas nos aeroportos, que começa na quarta-feira, poderá ter impacto na segurança e nos voos.

"Nos Açores há voos que, com os atrasos normais, ultrapassam a hora normal da permanência destes trabalhadores. Quase todos os dias, para a realização desses voos, estes trabalhadores são obrigados a fazer trabalho extraordinário. Este é um exemplo do que pode complicar a saída destes aviões. No aeroporto de Lisboa é o mesmo, (...) neste momento há trabalhadores a fazer 16 horas seguidas", disse à TSF Armando Costa, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava).

O dirigente sindical explica que os trabalhadores da Prosegur e da Securitas são responsáveis pela segurança de cerca de 40 milhões de passageiros que, por ano, passam pelos aeroportos nacionais.

Armando Costa explica que "ao fim de umas horas a ver passar cores [nos ecrãs],a tentar definir cores e o que é que isso corresponde em termos de segurança, se é de facto para impedir ou não a passagem dos objetos, isso pode provocar a possibilidade de, em determinado momento, a pessoa não ter condições de continuar a ter uma observação correta daquilo que está a ver".

Os trabalhadores das empresas Prosegur e Securitas são quem assegura o raio-x da bagagem de mão e o controlo dos passageiros e também dos trabalhadores do aeroporto.

Contactada pela TSF, a ANA - Aeroportos de Portugal diz que "está a tomar as iniciativas adequadas para mitigar a situação e os seus eventuais efeitos no normal processamento dos passageiros nos aeroportos". A empresa garante ainda que vai "manter-se atenta ao evoluir da situação".

De acordo com o pré-aviso de greve do Sitava, os trabalhadores dos aeroportos nacionais vão fazer uma paralisação de 24 horas a 27 de agosto e avançam já na quarta-feira com uma greve ao trabalho suplementar que se prolonga até 31 de dezembro.

Na origem desta greve estão a negociação de um contrato coletivo de trabalho para os Assistentes de Portos e Aeroportos (APA) sem qualquer regime de flexibilização da organização dos tempos de trabalho, a criação de uma carreira profissional e "a tomada de medidas urgentes" no âmbito de saúde e segurança no trabalho.

Fonte: TSF

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