A
greve ao trabalho suplementar dos trabalhadores da Prosegur e Securitas nos
aeroportos, que começa na quarta-feira, poderá ter impacto na segurança e nos
voos.
"Nos
Açores há voos que, com os atrasos normais, ultrapassam a hora normal da
permanência destes trabalhadores. Quase todos os dias, para a realização desses
voos, estes trabalhadores são obrigados a fazer trabalho extraordinário. Este é
um exemplo do que pode complicar a saída destes aviões. No aeroporto de Lisboa
é o mesmo, (...) neste momento há trabalhadores a fazer 16 horas
seguidas", disse à TSF Armando Costa, do Sindicato dos Trabalhadores da
Aviação e Aeroportos (Sitava).
O
dirigente sindical explica que os trabalhadores da Prosegur e da Securitas são
responsáveis pela segurança de cerca de 40 milhões de passageiros que, por ano,
passam pelos aeroportos nacionais.
Armando
Costa explica que "ao fim de umas horas a ver passar cores [nos ecrãs],a
tentar definir cores e o que é que isso corresponde em termos de segurança, se
é de facto para impedir ou não a passagem dos objetos, isso pode provocar a
possibilidade de, em determinado momento, a pessoa não ter condições de continuar
a ter uma observação correta daquilo que está a ver".
Os
trabalhadores das empresas Prosegur e Securitas são quem assegura o raio-x da
bagagem de mão e o controlo dos passageiros e também dos trabalhadores do
aeroporto.
Contactada
pela TSF, a ANA - Aeroportos de Portugal diz que "está a tomar as
iniciativas adequadas para mitigar a situação e os seus eventuais efeitos no
normal processamento dos passageiros nos aeroportos". A empresa garante
ainda que vai "manter-se atenta ao evoluir da situação".
De
acordo com o pré-aviso de greve do Sitava, os trabalhadores dos aeroportos
nacionais vão fazer uma paralisação de 24 horas a 27 de agosto e avançam já na
quarta-feira com uma greve ao trabalho suplementar que se prolonga até 31 de
dezembro.
Na
origem desta greve estão a negociação de um contrato coletivo de trabalho para
os Assistentes de Portos e Aeroportos (APA) sem qualquer regime de
flexibilização da organização dos tempos de trabalho, a criação de uma carreira
profissional e "a tomada de medidas urgentes" no âmbito de saúde e
segurança no trabalho.
Fonte: TSF
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