O resultado líquido da SUMOL+COMPAL caiu
93% no primeiro semestre, face a igual período de 2015, para 278 mil euros, e
as vendas nos mercados externos recuaram 24,8% devido a Angola, anunciou hoje a
empresa de bebidas.
No primeiro trimestre do ano passado, a
empresa tinha mais que triplicado o seu resultado líquido para 4,2 milhões de
euros.
Em comunicado enviado à Comissão do
Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SUMOL+COMPAL adianta que "após a
estimativa para o imposto sobre o rendimento, o resultado consolidado com os
interesses não controlados foi de 0,3 milhões de euros, contra 4,2 milhões de
euros nos primeiros seis meses de 2015".
O volume de negócios recuou 6,4% para
159,2 milhões de euros.
"Assistiu-se a uma regressão de 7%
das vendas para 154,8 milhões de euros, com as vendas em Portugal a crescer
4,1% para os 113 milhões de euros, beneficiando da evolução positiva de
praticamente todas as gamas de produtos", refere a empresa, no comunicado.
"As vendas nos mercados externos
totalizaram 41,8 milhões de euros, um recuo de 24,8% provocado pela conjuntura
económica vivida em Angola e pelo enviesamento dos comparativos de vendas no
primeiro semestre do ano anterior, em resultado da antecipação de encomendas
efetuadas pelos principais operadores deste país, no quadro da introdução de
fortes restrições à importação de bebidas", explicou.
"Deste modo, o peso relativo das
vendas realizadas nos mercados externos foi de 27%", enquanto "o
valor das prestações de serviços progrediu para 4,4 milhões de euros, um
incremento de 20,2%", acrescentou.
No período em análise, os resultados
operacionais (EBIT) caíram 12,1% para os 13,3 milhões de euros e o resultado
antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) diminuiu 4,7%
para 20,3 milhões de euros.
Em termos de perspetivas para este ano,
a SUMOL+COMPAL adiantou que em Portugal "as categorias de bebidas de alta
rotação", onde a empresa está presente, "deverão, neste exercício,
evidenciar um padrão de crescimento moderado, beneficiando do aumento do
rendimento dos consumidores, do incremento do turismo estrangeiro e de
condições climatéricas favoráveis no período de verão".
Além disso, a SUMOL+COMPAL "manterá
uma forte aposta na inovação, na comunicação e na renovação das marcas. Neste
enquadramento, as vendas deverão progredir acima do crescimento do
mercado".
Já fora do mercado português, a
SUMOL+COMPAL refere que "a evolução negativa das vendas em Angola",
que é o seu principal mercado externo, "deverá determinar um decréscimo na
atividade internacional".
Por isso, como consequência dos
desempenhos previstos para o mercado português e externo, "o volume de
negócios e os resultados operacionais da SUMOL+COMPAL, em 2016, deverão ser
moderadamente inferiores aos gerados no anterior", concluiu.
Lusa
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