O
Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto determinou esta terça-feira a
prisão preventiva para o suspeito de agredir domingo em Gondomar um jovem de 14
anos que acabou por morrer na noite de segunda-feira.
A informação foi avançada pelo advogado
do agressor, Sérgio Marques, de 16 anos, segundo o qual o tribunal acusou o
jovem pelo crime de homicídio qualificado.
O suspeito, que passou a noite nas celas
da Polícia Judiciária, foi hoje ouvido em primeiro interrogatório judicial no
TIC.
Segundo o defensor, o arguido irá
aguardar julgamento no Estabelecimento Prisional da PJ do Porto para "não
se misturar com outra população prisional".
"Falou nos vários interrogatórios e
hoje respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas, mas não posso dizer
se confessou ou não os factos, apenas que falou sobre eles", adiantou.
Sérgio Marques referiu ainda que o
suspeito tem demonstrado um "profundo arrependimento" pelo que
aconteceu.
De acordo com as autoridades policiais,
os incidentes terão ocorrido entre as 22 e as 23 horas de sábado, na Rua Padre
Domingues Baião, protagonizados por um indivíduo que, de acordo com
testemunhas, já andava a perseguir a vítima "há algum tempo".
Em comunicado divulgado segunda-feira, a
PJ esclarece que o alegado agressor terá atingido "violentamente a vítima
na cabeça, tendo aquela caído inanimada no solo, sendo de imediato transportada
para o hospital".
O rapaz foi transportado com vida para o
Hospital de S. João, no Porto, onde acabou por morrer, na sequência das
agressões.
O agressor entregou-se domingo numa
esquadra da PSP, tendo sido depois entregue à Polícia Judiciária que tomou
conta do caso.
Na manhã de domingo, o oficial de dia da
PSP do Porto disse à Lusa que um jovem de 14 anos tinha morrido depois de ter
sido violentamente agredido na via pública em Baguim do Monte
Já na manhã de segunda-feira a Polícia
Judiciária revelou que o adolescente se encontrava afinal em "estado muito
grave" no Hospital de São João, do Porto
Na tarde de segunda-feira, a direção
nacional da PSP lamentou o "lapso", justificando que a informação por
si transmitida domingo sobre a alegada morte do jovem tinha sido obtida junto
de "fonte não oficial" do Hospital de São João.
O jovem de 14 anos acabou por morrer na
noite de segunda-feira, segundo confirmou já hoje o Tribunal de Instrução
Criminal (TIC) do Porto.
O Centro Hospitalar de São João, no
Porto, alegou hoje motivos ético-deontológicos para justificar o silêncio que
manteve desde domingo em torno do assunto.
JN
Foto:24.sapo.pt
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