domingo, 7 de agosto de 2016

PSD PRESSIONA COSTA NO CASO GALP. FREITAS EXIGE DEMISSÕES


 
Mário Cruz / Lusa
Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
A viagem oferecida pela Galp a três secretários de Estado está longe de ser um assunto encerrado, como anunciou o governo, e Freitas do Amaral diz que tem que haver demissões. Já o PSD pressiona António Costa para interromper as férias e explicar o caso.
Para o antigo ministro dos Negócios Estrageiros Freitas do Amaral, é certo que o primeiro-ministro deve demitir os secretários de Estado que aceitaram convites da Galp para assistir a jogos da Selecção nacional em França.
Ultrapassou-se a fronteira do que é legítimo e devem ser demitidos, se não se demitirem”, afirmou Freitas do Amaral, jurista, professor catedrático de Direito e que foi ministro no Governo socialista liderado por José Sócrates.
“Quem exerce cargos públicos não pode receber presentes de entidades privadas. Ponto final”, declarou Freitas do Amaral em entrevista ao programa 360º, da RTP 3.

PSD quer ouvir explicações de Costa

O PSD não vai ao ponto de pedir a demissão dos secretários de Estado Fernando Rocha Andrade (Assuntos Fiscais), João Vasconcelos (Indústria) e Jorge Costa Oliveira (Internacionalização), mas diz queAntónio Costa “não pode continuar em férias dizendo que nada dirá”.
Pela voz do deputado Fernando Negrão, os sociais-democratas exigem “explicações” do primeiro-ministro, salientando que “tem responsabilidades muito especiais nesta área”.
“Estamos a falar de ética na governação“, acrescenta Negrão, actual presidente da Comissão Parlamentar Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício e Funções Públicas, na sede do PSD, em Lisboa.
O parlamentar social-democrata sublinhou um “apelo ao primeiro-ministro para que dê uma explicação aos portugueses” e mostrou disponibilidade do seu partido em acolher o pedido do CDS-PP de que o Governo seja ouvido rapidamente em sede de comissão permanente da Assembleia da República sobre esta questão.
“Estes secretários de Estado ficam inibidos de ter qualquer tipo de relação com a empresa Galp. Como é possível que três governantes em áreas estratégicas e com ligações a essa empresa, possam continuar a exercer as suas competências, numa situação em que de alguma forma estão comprometidos?”, questionou ainda.
Fernando Negrão admitiu ainda que vários deputados sociais-democratas tenham também beneficiado das mesmas viagens, pagas pelo dono da Olivedesportos, Joaquim Oliveira, mas diferenciou a sua situação da dos governantes, os quais “têm uma exigência particular” em virtude das suas “competências executivas”.

Cristas fala num caso “escandaloso”

Do lado do CDS, Assunção Cristas reforça a ideia da demissão, salientando que “é um assunto grave, escandaloso”.
“Quando o governo vem dizer que tudo se resolve com a devolução do dinheiro, está a passar umatestado de menoridade a todos e a cada um dos portugueses”, diz ainda a líder centrista, frisando que é “inadmissível” o silêncio do primeiro-ministro.
“Não se pode esconder, não dizendo nada, o que significa que se tornou conivente com esta situação”, conclui Assunção Cristas.
ZAP / Lusa
Comentário: porque o Paulo Portas não saiu por estar envolvido no caso dos submarinos? Noutros casos também… a memória não se apaga tão rápido como querem fazer crer.

Ganhem vergonha… todos da direita à esquerda.

J. Carlos

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