O
grupo farmacêutico completou 15 anos de atividade em fevereiro
O
grupo farmacêutico Bluepharma, sediado em Coimbra, vai produzir medicamentos de
combate ao cancro para o mercado brasileiro, o que deverá acontecer dentro de
dois anos, disse à agência Lusa o presidente da empresa, Paulo Barradas Rebelo.
"Acompanhamos
o mercado brasileiro há uns anos e no ano passado criámos a Bluepharma Brasil,
que foi auditada com sucesso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), permitindo a comercialização de medicamentos", referiu à agência
Lusa o responsável do grupo.
Segundo
Paulo Barradas Rebelo, a Bluepharma está neste momento a trabalhar no
portefólio de medicamentos e no seu registo, que demora "entre um a dois
anos, no limite".
O
grupo farmacêutico assinou este mês, em Coimbra, uma parceria com o Instituto
de Tecnologia do Paraná, Brasil, que visa ajudar a melhorar o acesso a
medicamentos de alta potência e o atendimento na saúde pública.
O
acordo, explicou, tem a ver com o portefólio de medicamentos a produzir, que
vão representar "uma poupança significativa da sociedade brasileira e mais
acessibilidade para os doentes, que recuperam a esperança" no tratamento.
A
Bluepharma vai passar a ser uma das poucas farmacêuticas da Europa a fornecer
medicamentos para o mercado brasileiro, que Paulo Barradas Rebelo rotula
"de muito interessante, com uma classe média muito mais forte do que há 10
anos".
O
grupo farmacêutico, que completou 15 anos de atividade em fevereiro, tem um
laboratório próprio de investigação e desenvolvimento, com uma centena de
investigadores, e é a primeira empresa do setor da indústria farmacêutica em
Portugal com certificação integrada.
Além
de se dedicar à investigação, desenvolvimento e registo de medicamentos, o
grupo farmacêutico produz medicamentos próprios e para terceiros e comercializa
fármacos genéricos.
A
Bluepharma produz medicamentos para mais de 100 marcas e investiu nos últimos
três anos mais de 15 milhões de euros em investigação e desenvolvimento,
nomeadamente nas áreas da oncologia, nanotecnologia e biotecnologia.
Em
2015 atingiu uma taxa de exportação de 85% da sua produção para mais de 40
territórios, entre os mais exigentes mercados do mundo, em particular os
Estados Unidos da América, tendo sido recentemente nomeada campeã nacional nos
European Business Awards 2015/2016 na categoria Importação/Exportação.
Lusa
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