sexta-feira, 7 de outubro de 2016

LESTE DE ALEPPO ESTARÁ TOTALMENTE DESTRUÍDO ATÉ AO FINAL DO ANO


 
(dr) Maysun
Aleppo, Syria: Hell on Earth by Maysun
A ONU emitiu, esta quinta-feira, um apelo sobre Aleppo ao avisar que o leste da cidade enfrenta a “destruição total”, e exortou os combatentes islamitas a abandonaram as suas posições para permitir o envio de ajuda aos civis.
“No máximo em dois meses, dois meses e meio, a cidade do leste de Aleppo pode estar totalmente destruída”, disse o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, em declarações aos jornalistas em Genebra.
A zona rebelde do leste de Aleppo tem sido flagelada por uma ofensiva das forças governamentais com o apoio da aviação da Rússia, incluindo diversos ataques a instalações hospitalares.
A antiga Frente Al-Nusra alterou recentemente a sua designação para Frente Fateh al-Sham na sequência da sua desvinculação à rede da Al-Qaida, apesar de se considerar que os dois grupos mantêm conexões.
Staffan de Mistura, pediu aos 900 combatentes da organização extremista que abandonem o leste de Aleppo e comprometeu-se a escoltá-los “fisicamente”.
“Caso decidam sair [de Aleppo] com dignidade (…) estou pessoalmente preparado fisicamente para vos acompanhar”, disse o enviado da ONU.
De acordo com a AFP, a ONU já classificou o leste de Aleppo como uma “zona sitiada”.
Segundo Jens Laerke, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Aleppo reúne os três critérios das zonas sitiadas – cerco militar, falta de acesso à ajuda humanitária e ausência de liberdade de deslocamento para os civis.
No total, existem 18 zonas sitiadas na Síria, tendo sido retirada da lista a cidade de Daraya, que foi evacuada após um acordo com o governo sírio.
As Nações Unidas estimam que, atualmente, cerca de 275.000 civis estejam sob cerco no leste de Aleppo, e com a impossibilidade de envio de ajuda após as forças governamentais terem controlado a última rota de abastecimento em julho.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que, desde 23 de setembro, já morreram 342 pessoas, entre elas 106 crianças – e 1.129 ficaram feridas.
ZAP / Lusa

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