Um grupo de críticos de Passos Coelho está a reunir assinaturas para convocar um congresso extraordinário no partido. Queda nas sondagens e questão das eleições autárquicas são as razões que os deixam insatisfeitos.
Segundo o Expresso, os críticos de Passos Coelho estão a recolher assinaturas para que seja convocado um congresso extraordinário no próximo ano. Para já, este grupo terá conseguido reunir mais de 2.500 assinaturas.
Em causa está o facto de o PSD estar a descer cada vez mais nas sondagens e também por se notar uma falta de mobilização dentro do partido.
Uma dessas pessoas é Carlos Encarnação que, em entrevista à Antena 1, declarou que Passos “devia perguntar-se qual é o papel dele no meio disto tudo”.
O semanário escreve que, caso venha a realizar-se, este congresso não implica necessariamente uma mudança imediata do líder dos sociais-democratas, uma vez que este é escolhido por eleições diretas, mas seria um bom momento para dar início a uma disputa pela liderança.
Rui Rio tem sido o nome mais forte para vir a suceder ao ex-primeiro-ministro na liderança do partido. O antigo presidente da Câmara do Porto não formalizou ainda essa hipótese mas já deixou claro que, se fosse preciso, poderia ser uma alternativa.
O congresso teria de acontecer entre março ou abril do próximo ano, diz o Expresso, uma vez que, depois desse período, se aproximam as eleições autárquicas.
Esse é um tema que tem dado pano para mangas, sobretudo relativamente à cidade de Lisboa. Passos não exclui uma possível aliança com o CDS, quer na capital como no Porto, algo que deixa uma boa parte dos sociais-democratas insatisfeitos.
De acordo com o Diário de Notícias, o ex-chefe do Executivo admite essa hipótese publicamente porque os centristas e os sociais-democratas “são parceiros preferenciais”.
“Se porventura não for possível virmos a ter uma coligação com o CDS em Lisboa e no Porto, isso não quer dizer que não sejamos, na mesma, parceiros naturais”, afirmou.
Esta semana, Morais Sarmento deixou claro que “o PSD tem tido um comportamento autofágico” e que até poderia vir a candidatar-se mas agora “já é muito tarde”.
ZAP //
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