terça-feira, 18 de abril de 2017

CGD: banco público sem controlo público, e com uma gestão na linha da dos bancos privados


Eugénio Rosa | O Diário

A nova administração da CGD acabou de divulgar o relatório e contas de 2016. É uma versão preliminar, sintética e ainda não auditada, mas que permite já ficar com uma ideia clara da forma como a CGD foi gerida nos últimos anos, e como se procura desresponsabilizar aqueles que, quer a nível da administração quer como beneficiários do credito concedido, se aproveitaram da CGD. 

Os dados sobre perdas de credito, sobre o credito abatido ao ativo por se considerar já totalmente perdido, são enormes e chocantes, e merecem uma séria reflexão pois elas, no fundo, terão ser compensadas com uma gigantesca recapitalização da CGD feita com dinheiro dos contribuintes obtido por meio de impostos pagos pelos portugueses. E não se venha agora dizer, como é pratica habitual dos banqueiros e dos governos, que essa recapitalização permitirá obter lucros futuros porque nem os milhares de milhões € de credito concedido que se perderam, nem os milhares de milhões € agora necessários para recapitalizar a CGD devido a essas perdas enormes, que são financiados com o dinheiro de impostos pagos pelos portugueses serão alguma vez devolvidos.

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