A Câmara de Mira fechou o ano de 2016 com menos 329 mil euros de dívida total, o que representa uma diminuição de 9,4% face ao ano anterior, disse hoje o presidente do município.
"De destacar em particular a redução de 20,5% registada na dívida a médio e longo prazo, o que faz com que hoje o município de Mira deva menos de um milhão de euros a instituições financeiras", disse à Lusa Raul Almeida.
O relatório de contas da autarquia foi apreciado em reunião do executivo municipal, tendo sido aprovado com os votos favoráveis dos vereadores eleitos pelos PSD e pelo MAR (Movimento Autárquico de Renovação) e a abstenção dos vereadores do PS.
Em comparação com o ano de 2015, no exercício económico de 2016, a receita cobrada desceu 308 mil euros, uma quebra explicada por uma cobrança mais baixa de IMI e de IMT e também por uma menor receita obtida de comparticipações comunitárias em projetos cofinanciados, alegadamente devido a atrasos na aprovação de candidaturas ao Portugal 2020.
Raul Almeida salienta que, "mesmo nesta conjuntura de quebra de receitas, a adoção de uma gestão orçamental bastante rigorosa permitiu que, no final do ano, o município apresentasse uma taxa de execução do orçamento da despesa (próxima dos 80%) superior à verificada em 2015".
Esse resultado é ainda mais relevante tendo em consideração que se trata da taxa de execução mais alta da última década, frisa o autarca.
Este desempenho orçamental fez com que, no final do ano de 2016, Mira aumentasse a sua capacidade/margem absoluta de endividamento em 15%.
Isso significa que, caso fosse necessário, o município teria uma folga financeira de cerca de nove milhões de euros para recorrer ao crédito.
Raul Almeida acrescenta que "esta saúde financeira" permite a Mira estar em "posição privilegiada" para tirar o máximo partido dos fundos comunitários do Portugal 2020.
"Ou seja, estão criadas as condições para ser lançado um conjunto de investimentos indispensáveis ao bem-estar das populações de Mira, nomeadamente ao nível das redes de água e saneamento", garante o autarca, que assinala ainda o município que continua a cumprir a regra imposta por lei de não ter pagamentos em atraso.
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